Nunca te escrevi.
Nunca te escrevi, mas não penses que por desinteresse ou desamor. Nunca te escrevi porque o mundo das palavras é traiçoeiro e desta vez, eu quero que seja diferente. Quero que as palavras que existam entre nós sejam mais do que amontoados de letras todas juntinhas em frases bonitas e floreadas. Quero, gostava, que fossem a materialização dos sentimentos…verdadeiras como os sentimentos, nuas a cruas como as emoções. Não que a escrita negligencie a pureza das palavras e dos sentimentos por de trás das palavras, mas “o poeta é um fingidor”… e é fácil escrever-se mais do que se sente: a voz não treme, os olhos não brilham e o leitor entoa para si as palavras da forma que mais quer ouvir.
Mas tu és demasiado real para te perderes e me fazeres perder com superficialidades. Tens o cheiro das coisas idóneas, reais…cheiras a terra molhada depois da chuva…foste, és a minha enxurrada. E agora, de alma lavada te escrevo sobre o que já sabemos os dois, mas que ainda que supérfluas, as palavras têm o poder de eternizar desta forma bonita…
“Não há palavras mais verdadeiras do que aquelas que dizemos em silêncio…”
Mas tu és demasiado real para te perderes e me fazeres perder com superficialidades. Tens o cheiro das coisas idóneas, reais…cheiras a terra molhada depois da chuva…foste, és a minha enxurrada. E agora, de alma lavada te escrevo sobre o que já sabemos os dois, mas que ainda que supérfluas, as palavras têm o poder de eternizar desta forma bonita…
“Não há palavras mais verdadeiras do que aquelas que dizemos em silêncio…”
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