Travelling...

Quero ir ao Brasil.
Mas também gostava de ir à Eurodisney outra vez, andar dez vezes seguidas no Space Mountain, ou à Isla Mágica em Sevilha andar naquela montanha russa invertida que só de olhar doi-me o estomago. E também não me importava de ir à Covilhã ver os meus primos. E porque não um fim de semana no Porto? Entretanto, não seria mal pensado conhecer a casa da minha tia “emprestada” em Moçambique e passar o dia a comer mangas arrancadas da árvore que ela tem no quintal, em frente à praia. Ou se calhar, podia dar um saltinho à Transilvânia, só para ver como é o castelo do Drácula de perto. Mas não, não, eu queria mesmo era ir a Barcelona e ver todos os museus e sítios que deixei por visitar...Ou em vez disso, ir até aos Estados Unidos e atravessar aquilo tudo de carro, ir até New Orleans ouvir os velhotes tocar, conhecer mestres obscuros do Blues no Mississipi, dormir ao relento no Grand Canyon (e levo o meu cão para comer os escorpiões e isso), ir até Roswell porque “Yo no creo en brujas, pero que las hay...” ou sei lá, ir a São Francisco passear-me naquela rua que parou nos anos 60´s...Só que depois, começo a pensar e realmente, eu nunca fui a Itália beber os capuccinos que a Inês tanto fala...nem a Viena de Austria passar um dia e uma noite pelos caminhos que o Jesse e a Celine percorreram, dar um beijo na Roda Gigante e ouvir cantar um poeta de rua...Mas bom bom eram uns diazinhos em Porto Covo ou Vila Nova de Mil Fontes ou na Zambujeira... E também era capaz de ser engraçado ir ter com a Sara a Madrid, ou com a Margarida à Holanda, ou com a Vania aos Estados Unidos...
“...tu cabes dentro de mim”


As vezes olho para ti e vejo-te do tamanho de um dedal...pequenino, mais pequenino do que eu, de olhos arregalados com essas linhas semi-transperantes que te circundam a irís e onde me encontro quando te demoras sobre o meu rosto...Ás vezes olho para ti e vejo-te do tamanho de um rebuçado, quando bebes a água fresca e dizes acriançado que “gostas tanto de água”, quando me agarras pela cintura e elevas no ar a deitar a lingua de fora à gravidade...a gravidade, a matemática, a química, a física quântica, nada faz sentido ao pé de ti, desafias o mundo com uma audácia indecente...indecente, “não tens vergonha nenhuma” dizes-me, “e tu também não” digo-te, vamos para o inferno, mas vamos juntos e ao menos está quentinho, “bem passadinho” como nós gostamos...Ás vezes olho para ti e vejo-te como se nascido de uma bola de sabão, vais onde o vento te levar ; e vejo-me como se nascida da espuma da praia, vou onde a maré me deixar, eu voou contigo e tu viajas comigo, qual conto imaginário da minha sophia onde cresci e me fiz criança...criança é o que tu és e como me fazes sentir quando damos as mãos e encolhemos e o mundo cresce, um mundo perdido onde as horas são nossas, a chuvinha cai e não há limites...limites, não os temos, “para o infinito e mais além” gritas enquanto eu, co-piloto nos dirijo “seja lá para onde isso for”, nem interessa (do inferno já não escapamos mesmo)...Ás vezes olho para ti e vejo-te do tamanho de um botão , como se ao agarrar-te coubesses na minha mão...e cabes, cabes tão direitinho na palma da minha mão...e eu melhor ainda dentro da tua.
You Are Most Like Miranda!

While you've had your fair share of romance, men don't come first
Guys are a distant third to your friends and career.
And this independence *is* attractive to some men, in measured doses.
Remember that if you imagine the best outcome, it might just happen.


Romantic prediction: Someone from your past is waiting to reconnect...

But you'll have to think of him differently, if you want things to work.



Quem diria, sempre achei que era um misto de Carrie com Charlotte ( e um bocadinho de samantha) ;)


Eu não consigo, não sei, nem quero aprender a viver sem música nem cinema. E quando vejo maus filmes ou ouço más bandas/músicas para mim é massacrar aquilo que considero ser do melhor que o homem tem capacidade de fazer.
Posto isto, ontem vi o “History of Violence”, que por ter estado nomeado para dois oscares, para palma de ouro em cannes e não sei se para algum globo de ouro, julgava um bom filme...bom filme “o tanas!”, um horror mas um verdadeiro e puro horror. Tudo bem que não sou adepta deste genero de filmes, e isso talvez faça parecer suspeito aquilo que digo, mas de qualquer forma um bom filme não é aquele que agrada até mesmo aos não-fãns e os faz pensar ao sair da sala “sim senhor, um bom filme dentro do genero”? ainda para mais um filme tão bem aclamado e com estas nomeações.
Não gostei do argumento, uma história que não traz nada de novo, e se em algumas críticas li várias vezes que “É sobretudo a violência crua/fria que se destaca neste filme” eu diria que é sobretudo a violência ridicularizada e exagerada, um exagero do principio ao fim com o protagonista a fazer as vezes de super homem a matar tudo e todos com um pé engessado e um tiro no ombro, já para não falar nas cenas de sexo e nudez despropositadas. Isto não é a vida como ela é...pelo menos a minha.
Imediatamente a seguir ao filme é claro que se gerou discussão em torno do assunto, com uns (a maioria) a defende-lo e outros (eu e ele) perplexos . Tenho sempre uma atitude passiva nestes casos, na espectativa que os que gostaram me convençam com argumentos válidos do porquê de o acharem um bom filme, mas a verdade é que isso não aconteceu e eu continuno na mesma.
Que existam filmes como este não me preocupa. Preocupa-me sim que tenham destaque e tanta exposição em detrimento de outros, certamente mais interessantes, e que existam pessoas que os levem ao colo... “É uma questão de gostos” como se costuma dizer para acalmar as discussões em vez de as levar ao cerne. Sim, é uma questão de gostos mas é estranho na mesma e continuo sem compreender...Será que não o vêem, como eu vejo? “Se calhar esta-me a escapar qualquer coisa” dizia ele...pois, se calhar está-nos a escapar qualquer coisa querido.
Post (este sim) fútil : 10 things i can´t live without

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-my pillow
-my glasses
-music records
-magazines & books
-strawberry cheese cake
-Internet
-photo camera
-Pencil
-Trains
-Sunset…


...e vocês?

Literatura "bomba de gasolina"


É uma discussão recorrente entre mim e amigos meus, a do Paulo Coelho vs. literatura (e quem diz Paulo Coelho diz qualquer um desses escritores de bomba de gasolina ou da Pergaminho em geral). No fim, parece-me que ninguém fica mais esperto e acaba sempre em relativa confusão, com os que gostam a chamar-me arrogante e com os que não gostam, e até concordam comigo, a ser politicamente correctos e a chamar-me arrogante também, num gesto que para mim será sempre um misto de condescendência (que às vezes é mais arrogante ainda)com uma vontade compreensível de não discutir gostos, de ficar de bem com todos os interlocutores, de não alimentar mais conversa e de uma série de outras razões que nem importam muito ao que vou dizer agora.
Acontece que eu gosto de ler. Gosto MUITO até, faço-o com devoção, às vezes devoro livros aos três e quatro de uma vez, já li muito e sei que não li nem uma ínfima parcela do que gostaria de ter lido e encontro nos livros uma forma de melhorar a forma como escrevo, como me expresso, como vejo o mundo e as pessoas em geral. Aprendo e descubro com muito prazer os clássicos, os contemporâneos, os históricos, os romances, os policiais, os contos, tudo o que me vier parar à mão. Ou quase tudo.
O respeito que nutro pela literatura em geral faz-me questionar uma série de coisas (tal como faço com a música, com o cinema ou tão simplesmente, com a comida) e o Paulo Coelho é uma das que mais me impressiona e que desconfio nunca vir a ter capacidade de aceitar e/ou compreender. Já li quase todos os livros dele (tive o infortúnio de receber, num aniversário e de uma assentada só, pelo menos 4), li A Brida, O Diário de um Mago, O Alquimista, o Verónika decide morrer, até o Maktub (livrinho engraçado no meio disto tudo), sei lá que mais, e de todos (menos do primeiro) restou-me a mesma sensação que teria se fosse comer no MacDonalds, uma sensação profunda de estar a ser enganada, de ler uma e outra vez o mesmo e único livro, vazio, escrito para fazer dinheiro, intelectualmente desonesto. O Paulo Coelho é fastfood e, se ninguém contradiz que o fastfood é nefasto para a saúde, porque é que ninguém questiona os efeitos colaterais no leitor dos livros dele? Porque é que ninguém questiona a falsa mensagem de magia, de Richard Bach formatado (sim, pois, vai onde te leva o coração, já sabemos, já sabemos), de ouçam-os-conselhos-do-mago-que-eu-é-que-sei? Porque é que ninguém questiona a pobreza daqueles livros?
Já ouvi de tudo e nada me convence. Já me disseram que mais vale as pessoas lerem aquilo do que não lerem nada, que é uma questão de gostos, tudo argumentos falaciosos. Não é verdade que mais vale as pessoas lerem aquilo do que não lerem nada, não é.
Não digo que ninguém deva ler o Paulo Coelho, não é nada disso, cada um come o que quer e eu sei que há muita gente que gosta do MacDonalds, apesar de achar isso insano. A questão é que me parece importante que se chamem as coisas pelos nomes e acho ofensivo para a classe que se chame escritor ao Paulo Coelho (tal como acho ofensivo que se chamem hamburgueres do Macdonald). Aquilo até pode ser levezinho, ler-se bem, pode ser entretenimento mas nunca vai ser culturalmente relevante, nunca vai ser um livro, nunca vai ser bem escrito, bem imaginado, bem nada. É uma salada de legumes enlatados, uma sopa instantânea, um saco de cebola desidratada que incha com água. Existem dezenas, centenas, milhares de escritores 'leves', com livros fáceis de ler, divertidos, imaginativos, livros que falam de magia também, livros que dão mensagens de esperança, livros bons para levar para a praia, para ler no comboio, para ler só por ler mas, ora bolas,só não têm máquinas gigantescas de marketing atrás. Os seus autores não se fazem passar por magos sérios, são apenas escritores, provavelmente nem vendem assim tanto porque não são conhecidos nem polémicos. As prateleiras das livrarias e das bibliotecas ardem de tanto livro à espera de ser descoberto e aí, entra novamente a lógica do fastfood. Paulo Coelho é fácil, não é preciso procurar, encontra-se até nas bombas de gasolina, não dá trabalho nenhum. Ou seja, no fundo até se sabe que é mau, mas oh, está aqui mesmo à mão de semear, até nem é caro e toda a gente conhece.
Um prego será sempre mais verdadeiro que um hamburguer do Macdonalds, digo eu, e no fundo até custa o mesmo. Ao menos sempre é carne de verdade.
Hey ladies, today is our day so...

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e o meu preferido...Free Image Hosting at www.ImageShack.us Free Image Hosting at www.ImageShack.us Free Image Hosting at www.ImageShack.us


- Querido, são quase horas de irmos.
- Só mais três minutos amor...
- Está bem, só mais três minutos.


Só mais três minutos e depois mais três...não te queres levantar, eu também não, mais três minutos, só mais um bocadinho. Não tarda corremos de encontro às nossas margens opostas do rio , descabelados, atrasados, amarrotados de sono incompleto, são só três minutos mas são sempre minutos a mais. Minutos que são horas e as nossas sempre mais que as dos outros, porque vão cheias de riso, sonho e paixão, esperam pela tarde com uma ansiedade inusitada, juntando-se ao fim do dia como se nunca se tivessem juntado antes...e assim se constróem, se enlaçam, se reconhecem umas nas outras. São aos nossas horas, é o nosso mundo. E termos um mundo para nós já é muito, muito mais.