Paris em 24 Horas

6 da manha, arredores de paris:

O despertador disparou - “Bonjour, toujours à Paris risque de précipitation en début de matinée” - Um locutor, de voz abafada informava o estado do tempo…
Abri os olhos, a escassa claridade da madrugada irrompia quarto a dentro num “bom dia” inesperado . Um pé fora dos pesados cobertores e o dia começava .
Pequeno almoço : Croassant au chocolat avec du lait - “Típico”- pensei . Gorro, luvas e cachecol, a “armadura” está pronta e - “Ala rua que se faz tarde”.
Abaixo do chão, já o frenético movimento da cidade acordara há muito: rostos estranhos, cheiros diferentes, uma língua familiar.
- “O metro chegou”- Imagens de uma nova cidade deslizavam rapidamente pelo ecrã estático da janela da carruagem -“Parece um filme”, “mas não é, nous sommes à Paris mes amis!!”.
Primeira paragem :
Torre Eiffel. De cabeça erguida ao máximo, olhava para aquele mostro em aço que se erguia à minha frente “humm bem mais pequena do que imaginará”. Ao lado, o Sena quase transbordava, estava um dia enevoado a prometer chuva julgando pelo o locutor da manhã...Foi pensar e acontecer, depressa uma chuva miudinha disparou em flecha sobre nós...
Uma breve corrida, e apresentasse-nos o
Museu Rodin, a bela casa que abriga as obras do francês que redefiniu a escultura, August Rodin (1840-1917). Ao entrar, o característico cheiro a museu invadia-nos as narinas, alguns passos e o olhar prendeu-se nas magnificas esculturas que ali se mantêm encerrando uma espécie de vida imóvel : As mãos de deus, o Beijo, o Pensador, A Catedral...- “ Como são belas e indescritíveis”.
Terminada a visita, passe na mão - “Le metro não espera” - e uma vez mais a viagem recomeça: Arc de Triomphe ,
Notre Dame, Sacré Coeur , Pompidou ,Moulin Rouge (e a famosa rua onde está situado), Versalhes, Louvre, uma paragem nas Galeries Lafayette para recolher souvenirs pour la famillee e a noite acaba no Hard Rock. Tempo ainda para comprar uma T-Shirt e travar conhecimento com mais um dos inúmeros emigrantes portugueses que na rua nos interpelavam com o brilho da saudade no olhar. De Regresso a casa, no ultimo comboio para a cidade universitária, cruzamos olhares cansados, enquanto lá fora tocava apenas uma musica que jamais esquecerei e da qual me lembro com nostalgia e saudade daquela cidade fria, estranhamente acolhedora, de luzes intermitentes, passeios cintilantes e arvores geometricamente cortadas sobre as amplas avenidas onde o glamour se entende lado a lado com a arte e a cultura...




PS: A viagem foi verídica mas demorou mais 6 dias ;) *



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