Lisboa que Anoiteçe...

Estranha é esta cidade que anoitece assim, dispersa na névoa e na maresia ao som de um fado (esse que a nós diz tanto), de guitarras dedilhadas á força de quem a ama...
Minha Lisboa, em ti deixei memórias pelas ruas, sentimentos pelas avenidas , emoções que ficaram no teu passado como no meu numa saudade infinita que faz transbordar o rio ao qual pertences mais do que a mim...
Cidade mulher que a cada madrugada renasces mais bela e serena, tranquila e misteriosa só a ti entrego meus segredos e devaneios quando á noite me dou louca e enamorada, cúmplice dos desejos que guardo no peito e me prendem as amarras...
E ao deambular por ti ó Cidade, são tantos os sabores que te reconheço, relembras-me coisas boas, momentos que jamais apagaras das calçadas imensas vezes percorridas por nós amantes de alguém que ficou, que está e ade vir...
Mas és mais do que eu sei dizer, um abrigo, porto seguro do meu desencanto...como eu te Amo.
E é assim esta Lisboa a quem pertenço e só a ela me dou...

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