Aos que por aqui passaram, aos que passam,

Feliz 2007 !

No one miss 'summer' like i do.

O Verão, quero o verão. Uma toalha estendida na areia fina da praia e eu sobre ela, de olhos semicerrados pelo sol a brilhar intenso na minha direcção, na direcção da minha pele, da minha cabeça, a fazer esquecer os meus dilemas pessoais e impessoais, as obrigações, a minha solidão, o meu coração, o meu cansaço.
O verão, quero o verão. Um dia longo e tardes alaranjadas passadas à sombra fresca de um qualquer arbusto no jardim da despreocupação; noites musicais, festivais, uma mochila às costas e um comboio com destino (in)certo para longe do vazio que é não ter o que me prenda.
O verão, quero o verão. Uma maré tão cheia, capaz d'afogar preocupações, ressuscitar paixões na espuma imaculada dos dias longos, cada vez mais longos a desafiar a (meteoro)lógica frigida do Inverno.
O Verão, quero o verão. Fazer da noite dia, da manhã madrugada e da tarde alvorada num calendário arbitrário sem amanhã nem dia seguinte.
O amor, sempre o amor ou a falta dele.
Lua Adversa


Tenho fases, como a lua
Fases de andar escondida,
fases de vir para a rua...
Perdição da minha vida!
Perdição da vida minha!
Tenho fases de ser tua,
tenho outras de ser sozinha.

Fases que vão e vêm,
no secreto calendário
que um astrólogo arbitrário
inventou para meu uso.

E roda a melancolia
seu interminável fuso!
Não me encontro com ninguém
(tenho fases como a lua...)
No dia de alguém ser meu
não é dia de eu ser sua...
E, quando chega esse dia,
o outro desapareceu...

Cecília Meireles

...e esta sou eu [ acertas-te em cheio Gui ;) ].

Bilhete de Identidade

Gosto do cheiro a terra molhada num pôr-do-sol soalheiro, gosto de "torradas aparadas" ou croissants tostados com queijo ao pequeno-almoço, gosto de ouvir Sigur Rós no hi-fi da sala, gosto de comprar cachecóis coloridos, gosto de escrever palavras soltas em blocos de notas confusos, gosto de ler livros encardidos de biblioteca pública ou desfolhar capas de cds em bancas atulhadas de discotecas na baixa; gosto de visitar sítios encantados, gosto de citar citações pertinentes, gosto de escrever com canetas de acetato no espelho grande do meu quarto; gosto de ouvir o Jazz velho da mãe, gosto de participar em tertúlias estimulantes e interessantes, gosto do chocolate preto que acompanha o café elegante, gosto de ouvir o som agressivo da chuva a partir as vidraças (…)
A culpa é de Hollywood

...das telenovelas brasileiras, do Jesse e da Celine, do Richard Linklater e de outros tantos grandes grandes sacanas que como eles ajudaram a criar a ideia maquiavélica de que só UMA pessoa nos completa, “a tal”, a “alma gémea”, “ele”, “ela” etc. A culpa é deles, minha e dos que como eu padecem deste (ainda não percebi se...) mal ou bem.
Eu sei. Sei bem que o que interessa é ter vivido, ter sentido toda a palete de emoções Caran d'Ache que o amor evoca. Porque muitos há que passam uma vida inteira sem sentir “assim” mas até que ponto não serão eles mais felizes? Mais felizes do que os que sentiram e experenciaram , ainda que por momentos, o “amor puro”? Felizes os que ignorantes porque deles é o reino da ingenuidade.
A perfeição nunca irá superar a perfeição, não da mesma maneira, não tão depressa, não tantas vezes (ainda que tu aí me digas o contrário). Tenho em mim que há um grupo restrito (ou não) de pessoas que sentem desta forma e não sei que vos diga, digam-me vocês a mim...Fico contente por ter sentido assim, por não ser mais uma, por olhar para a banalidade e reconhece-la ao longe, feliz por (re)conhecer o amor...Mas triste, uma tristeza que não sei bem de onde vem (parece que é das vísceras, é capaz de ser do fígado) nem porquê...talvez porque o coração também se cansa, ganha tendências compensátórias e formas estranhas de se proteger, não do amor, mas do fim do amor...


PS: A culpa é também do Shakespeare e do Walt Disney !
Dezembro

Tinha saudades da chuva, de andar de casaco (encarnado hihi), de molhar os pés. O calor que eu tanto gosto, quando em demasia, deixa-me num estado de apatia que, a ser agradável, acaba por se tornar cansativo.
Espero que com esta água a vida volte a dar de si.

Bom dia Dezembro.
Daqui, de onde te escrevo, de onde morre um coração...

...morro aos poucos, devagar pelo o Outono, por cada folha que cai inerte no chão e tu sem aparecer. Morro, morro, morro por dentro, por fora, pelos lados. É outono lá fora e cá dentro também. Arrancaste-me a Primavera do corpo, o Verão da epiderme e agora não sei o que vai ser de mim.
Por isso volta, volta para o energumero de onde nunca devias ter saído, para o qual nunca me devias ter levado. Porque (às vezes, só às vezes) dói. Dói tanto a ausência. Não a tua, mas a desse lugar. E agora, todos os lugares são iguais e nenhum se assemelha de longe ao lugar onde fiquei, onde o tempo parou e o mundo se perdeu. E se a perda é um golpe duro, o crescimento é um processo doloroso e dizer Adeus um sacrifício. Custa-me o fim. Do que quer que seja.. Custa-me mudar, custam-me mudanças. Mas a sobrevivência é uma urgência implacável, e é inequívoco que o mundo avança sem nós, se pelos abismos nos demoramos.
Por isso, daqui, de onde te escrevo, de onde morre um coração, pudesse eu parar os teus olhos, para neles parar os meus e dizer-te que, melhor que todas as paixões, conhecer-te foi tanto mais.
Tanto.
Isto tem dias que é difícil...


Ás vezes, só as vezes, quando a brisa sopra de leve, o céu se desfaz horizonte abaixo em guaches Caran d'Ache e o Sol me bate nos olhos enquanto caminho, há qualquer coisa. Pode até ser só isso. E a sugestão do sonho da noite anterior. Ou até apenas a poluição do ar. Mas sei que choro. Não um pranto copioso. Não. Caiem-me apenas algumas lágrimas. Mas pode ser só do sol.



Eu nasci na época errada.


Devia ter nascido no meio de um filme noir, com um cigarette encaixado nos lábios como a minha preferida Audrey Hepburn e um smoking Yves Saint Laurent a enfeitar-me o corpo. Se fosse mulher havia de ser actriz de cinema americano, se fosse homem quereria ser detective de adultérios e homicídios passionais…Talvez gostasse de jazz, com Sarah Vaughan, Billie Holiday e Duke Ellington, ou talvez preferisse Frank Sinatra e Gene Kelly…Todos os dias encontraria lençóis de cetim para rejuvenescer em sono de beleza, provavelmente acordaria durante a tarde com tabuleiros de croissants aux chocolat e champagne na cabeceira…e vestiria, com a ajuda da camareira, um corset em sedas escuras para encarar mais um jantar exclusivo numa penthouse do vigésimo quinto andar.
Na Esplanada com Hitchcock


Para fechar um ciclo iniciado em Julho, a Cinemateca Portuguesa seleccionou catorze filmes do mestre do suspense, Alfred Hitchcock. De quinta a sábado, às 22h30 na esplanada da Cinemateca.

Quando puder hei-de lá passar, quando puder...
Catarse.

Encontrar-me. No meio do que fui, do que quis, do que já não sou, do que já não quero, de sonhos antigos, sonhos novos, sonhos que foram, sonhos que são. Encontrar-me. Com medos, porque sempre fui mariquinhas. Encontrar-me. Deixando para trás tudo o que me prendia, tudo o que já não era mas teimava em ser. Encontrar-me. Sem esquecer o que fui, sem negar o que fui e o que quis, sem deixar para trás os sonhos que não eram caprichos. Encontrar-me. A mim, eu, hoje.
So far, So good...


...e agora Montargil, Covilhã e Vila Nova de Mil Fontes. Até jazz ;)
Miúdas...


Se há coisa que me irrita nas miúdas (para além de conduzirem mal) - e digo-o sem qualquer espécie de misoginia - é a forma como se tratam entre elas (entre nós). Odeio que me tratem por "linda" e afins. Odeio aqueles montes de "inhas". Odeio que tenhamos de ser uma força contra "os homens". Invejo imensamente toda a franqueza que existe na amizade entre dois homens e que dificilmente - não é impossível- existirá entre duas mulheres. Não me chateiam os gritos, as complicações típicas do sexo feminino, a choradeira sempre que qualquer coisa dá para o torto. Mas chateia-me a falta de sinceridade, a bajulação quase gratuita e a necessidade de "sermos um grupo". Gosto tanto das minhas amigas como dos meus amigos. Mas, como grupo, mil vezes os "meus" rapazes.
O Metro de Lisboa e eu...



...relação MUITO complicada. Nem o utilizo com frequência (ainda bem), mas nas minhas incursões a Lisboa não passo sem ele e só eu sei a capacidade que tem de me chatear, qual feitiço que acorda os instintos mais selvagens na multidão (sub e) urbana. Da última vez caminhava tranquila, de mala em punho, ainda de sentidos entorpecidos, quando de repente, dou por mim na plataforma, o metro a estacionar e eu esmagada no meio de perfeitos estranhos que me querem mal, só pode ser (ninguém me tratava assim se não me tivesse ódio mortal). Empurram, puxam, querem à força que desapareça, devo ser um obstáculo maior, a razão de todas as frustrações. Gente mal educada, não é possível, então não fomos todos à escola aprender a pedir licença, perdão, obrigado, por favor?
Quanta maldade no Metro de Lisboa.


Drive-in


De 27 de Julho a 15 de Agosto, pelas 21h30, quem gostar de cinema tem à disposição um ecrã de 14m x 8m e a possibilidade de assistir a filmes dentro do carro no estacionamento do Forum Montijo. Eu que nunca gostei muito do F.M estou rendida ao
cartaz e à ideia.
Apontamento...


A cumplicidade, em qualquer tipo de relação, constrói-se de toda uma palete de emoções partilhadas. Lágrimas e discussões, são tão importantes como gargalhadas e sorrisos cúmplices. Daí que não sejamos íntimos de meio mundo. Dá trabalho. E tem de valer a pena.
O que é nacional, (nem sempre) é bom


Estava a comentar o post da yuka sobre os "Morangos com Açucar" e achei que o assunto merecia mais do que um simples comentário.
Intriga-me como é que tanta gente vé os Morangos com Açucar, aliás a TVI em geral. Será falta de coisas para fazer?Falta de FOX? Sic Mulher? AXN??e os outros 40 e tal canais da TV cabo e Cabovisão?Ler um livro (como me diz a minha mãe)?Rebentar bolinhas de plástico, não?qualquer coisa é melhor!
Dos reality Shows em série ao telejornal, isto sem falar nos programas altamente didácticos, da TVI só gosto do site, do espaço sobre os eventos culturais da semana e dos bons filmes (alguns) que passam de madrugada, portanto, a horas muito apropriadas para quem trabalha e tem bioritmos ditos "normais" . Mas é de louvar o esforço do senhor José Eduardo Moniz em apoiar a ficção portuguesa e ajudar a criar actores com problemas de dicção e novelas com nomes de músicas. Deduzo que, ou os senhores da TVI não têm imaginação, ou o objectivo é daqui a 20 anos termos letras de músicas completas ao juntar os títulos das novelas.
A verdade é que a nossa televisão anda um tanto ou quanto pobrezita e todos os dias dou graças à cabovisão (o seu único mal é mesmo o preço das chamadas) pela maravilhosa programação da FOX e outros que tal.
O que não entendo, é que se as estações independentes foram criadas com o intuito de dinamizar e melhorar o panorama televisivo português, que por altura da sua criação estava reduzido à tevevisão do estado, porque é que (a meu ver) a RTP (1 e 2) nunca deixou de ser a estação televisiva portuguesa com mais nível/qualidade.
É claro que a RTP chegou onde chegou pois teve que inovar face à concorrência que, durante os primeiros anos, até esteve à altura das expectativas. Quem é que não se lembra da "Caça ao Tesouro" com a Catarina Furtado na SIC, sempre era melhor que o "Fiel ou Infiel", mais que não seja porque a Catarina Furtado é gira, porque havia uma componente cultural interessante e porque é preferivel ouvir os comentários parvos da Rita Blanco aos do apresentador do Fiel ou Infiel...quer dizer, se calhar não. Depois, na TVI tivemos...humm, não me lembro de nenhum agora, mas deve ter sido exibido algo de bom concerteza, para além da missa...lol, é verdade, a missa! vejam só a coerência desta estação televisiva.
Como diria o meu querido, "a acusação descansa". Vou pegar no comando, ligar-me à FOX e esquecer-me que na sic está a dar a Floribela (não digam a ninguém, mas a sic foi buscar a ideia da novela ao Brasil, shhh) e na TVI a Manuela Moraguedes, que dispensa apresentações.


PS: Assinantes da TVcabo, rumores há de que a Sic Mulher irá dar por encerrada a sua emissão nos próximos tempos. Revoltem-se, desloquem-se em prosição até Carnaxide e exijam um acordo. A Oprah merece viver!

Boys and girls, We'll Be men and women Soon


Já não temos acne mas temos outras preocupações. Já não morremos de amor a cada instante, mas remoemos paixões antigas. Ainda não trabalhamos 12 horas por dia, mas temos que estudar para os exames . Já não somos adolescentes, mas também não me sinto adulta, nem tão pouco preparada para a vida "de crescida". Assusta-me o que quer que seja que envolva a cláusula "para toda a vida" e por vezes prefiro adoptar uma atitude moderada de deixa-andar-com-objectivos (tenho para mim que quem defendeu que ser adolescente era difícil, morreu antes de atingir este limiar).
É o final do ano escolar, como todos os finais, a repercutir-se em mim, a fazer-me reflectir , pensar no balanço e a respirar depois de duas semanas que se revelaram mais cansativas que acartar sacas de batatas nos himalaias.
Com algumas mazelas, sem latinhas e com uma factura de telefone astronómica para pagar (a internet a assumir um papel importante na vida social), (sobre)vivi aos intempérios da vida académica e não académica, pior, da vida académica e não académica sem computador! Os devidos a
gradeçimentos à lata jurássica residente no quarto da Paula, que ela carinhosamente apelida de "computador" .

Quase um ano depois a sensação que fica,citando a minha querida Lurdes, é a de que " O caminho é longo e a porta está aberta, as asas mais soltas e o coração mais leve. Agora so falta aprender a voar"

...voltei (pelo menos de vez enquando) ;)

No outro dia fui ao cinema ver o Syriana e comi um kg de gomas.


Moral da estória: "Thrillers" políticos provocam dor de barriga!
2011...


Moro sozinha num T0 em Lisboa, num bairro simpático, num prédio à antiga onde as vizinhas me vêm pedir salsa à porta só para meter conversa, perguntar como está a menina e dizer que têm uma dor na ciática e o que recomendo.
Não estou habituada à agitação da cidade, mudei-me para cá à pouco tempo por causa do emprego.
Tenho o meu mini estacionado à porta e a vespa na garagem do meu pai, mas vou todos os dias de transportes para o trabalho (por causa da poluição e porque é como se circula melhor em Lisboa). Trabalho das 8h às 15h no hospital, e à tarde frequento um curso de shiatsu. Ganho pouco ainda, estou a juntar para as minhas especializações em acupuntura e homeopatia para um dia abrir a minha clínica e gerir o meu pequeno império, como ele diz.
Os meus pais mudaram-se de vez para Montargil, têm um jardim, um pinhal e um estúdio de pintura onde gostam de estar e onde encontraram a paz que aqui não tinham. A minha mãe vem cá todos os fim de semana ver como estou, dar-me mimos, deixar-me comida para a semana e os conselhos de sempre.
Ainda não tenho muitos amigos por cá, às vezes telefono à Sara e à Margarida para aqui virem dormir. Outras vezes tocam-me à porta sem avisar, elas e mais uns quantos, trazem dvds, pipocas e enchem-me o quarto. Não gosto de estar sozinha. O meu pai ofereceu-me um gato, chama-se kiushi e adora deambular pelas escadas do prédio (as vizinhas adoram-no).
Aqui em baixo, há uma mercearia. O senhor Antonio é o dono, diz que tem uma neta parecida comigo e sempre que lá vou fala-me dela com tanto carinho que não consigo deixar de lhe dar atenção, mesmo quando estou com pressa para ir ter com ele.
O prédio, aparentemente antigo por fora, é um mimo por dentro. O meu T0 é amplo, com poucos moveis e nenhum bibelô, em jeito minimalista . Tem uma kitchnet (sempre achei piada a esta palavra) a um canto, onde raramente faço refeições mas onde existe sempre um bule com chá. Do outro lado, uma cama japonesa, uma estante com livros e vinis, um gira-discos no chão e uma secretária com o portátil onde passo as noites . Na parede em frente fotografias, cartões e afíns. Tem ainda uma janela, com portas altas, estilo varadim parisiense, que gosto de escancarar em noites quentes de verão e ver esvoaçar os cortinados por entre as luzes da cidade...


...às vezes gosto de fantasiar.
in Loco: Sala dos Computadores


Ok, admito. Serei eternamente adolescente na forma como me apego às “minhas” músicas, aos “meus” autores e por isso mesmo, fico chateada quando recebo comentários imbecis e que demonstram ignorância (auto imposta, o que ainda é pior), falta de cultura geral e tacto, basicamente.

Aqui na faculdade temos um sala de computadores e é comum, enquanto fazemos trabalhos ou pesquisamos, ligar-me ao Pandora (bem dito sejas) e é claro que as músicas ouvem-se pela sala toda ainda que eu baixe o volume das colunas - obviamente, preferia que assim não fosse, preferia ter forma de guardar a minha música para mim, um mp3 player por exemplo (situação resolvida até o próximo mês hehe) e eu não consigo, de forma alguma, trabalhar sem música.
Ora, eu até vou tendo o cuidado de fazer uma selecção que me pareça acessível a estes meus coleguinhas, nunca ponho coisas assim muito “estranhas”, como eles dizem, já para não criar atritos com ninguém, mas também não faço questão de por coisas que eles até seriam capazes de gostar (tipo Pussycat Dolls , que tive a desgraça de pôr uma vez e que eles me fizeram ouvir vezes seguidas. Se as oiço cantar mais alguma vez este ano, vomito a alma).
Digamos que tento não ser polémica na escolha das músicas, ponho umas musiquinhas bonitas. assim uns acústicos suavezinhos, uns Dave Matthews Band, Margaridas Pinto e umas coisas assim lindas e maravilhosas, mas enfim...
Estas são as músicas que levantaram mais comentários estúpidos ultimamente:
PJ Harvey - C'mon Billy. Durou dois minutos até a do computador ao lado se passar e dizer que ela grita tanto que lhe dá aflição.
Radiohead - Don't Leave Me High. Esta não entendo.É calminha mas daí até ao do computador ao fundo da sala dizer “parece um velorio”...
Billy Joel - The River Of Dreams, que me lembrei de pôr a seguir ao Buddy Holy porque me recordei do meu querido a comparalos. Ouviu-se logo um “mas estamos nos anos 70?!” ao que me apeteceu responder “90, espertalhão!”
Até o meu Ben Harper com o please bleed que acabei de pôr, e que mal começou a tocar ouviram-se logo uns suspiros parvos...

E estas músicas são todas lindas... :(
Sabes o que queria?


Queria um céu azul de nuvens algodão doce. Queria-me deitada na areia fina, contigo a meu lado, a ve-las passar, a apontar e a dizeres “Olha, parecem coelhos” ou qualquer coisa parva que me desfaz em riso. Queria deitar a cabeça nas tuas pernas e abraçar a ideia sortuda de nos termos encontrado enquanto me tiras o cabelo dos olhos e pões a mão na minha cintura.
Não te posso dizer o que me atravessa a mente quando o mar me invade os olhos e as narinas e os ouvidos. Com a água salgada vem tudo o que as palavras não conseguem agrupar em frases.
É o mundo inteiro, o que existe contigo e o outro também, é o que vem e o que vai, é um barco e um gira-discos, o que me prometeste e o que me prometi a mim também. És tu e sou eu, somos os dois e o que não fomos e o que se calhar nunca vamos ser. É o achar-te diferente de mim num segundo e ver-te tão igual e tão entranhado no outro. É o sermos livres e termo-nos um ao outro e pensar para mim “nunca fui livre, sempre fui tua estupido, estivesse onde estivesse, com quem fosse, a fazer seja o que for. Não há nada que dilua a tua presença em tudo o que faço, mesmo nao sabendo onde andas, com quem andas, não preciso de saber nada disso, só que estou contigo e isso chega-me . A tua vida para lá dos meus muros só a ti pertence e eu confio em ti, apesar do que dizes e do que aparento”. E eu não te vou dizer isto tudo, porque “há coisas que não digo, mas nunca esqueço”.
Aperto-te a mão com força, tenho grãos de areia entre os dedos que arranham os maus pensamentos.
Aliso o chão ao lado da tua perna com a palma da mão, penso no quanto gostaria que a vida te fosse lisa, e o mar continua no seu encadeamento, vem à frente, volta atrás e respira fundo, avança mais um bocadinho.
Bem vistas as coisas, é o que nós fazemos também, não é? olha bem e diz-me se não tenho razão, andamos para trás um bocadinho e sempre que recuamos, ganhamos balanço para sermos maré cheia, nem que seja por um momento pequeno. A saber eu que esse momento volta, não me importo de vazar vezes e vezes sem conta.
Frida Kahlo no CCB


“A coluna partida“, “O Suicídio de Doroty Hale” (fui agora ao google – amén -descobrir os nomes, porque até há bem pouco tempo era uma ignorante da vida e obra de Frida Kahlo) lembro-me de olhar para eles e pensar “como é que alguem reconhece nisto mais do que cenas mórbidas, nuas e cruas pintadas a cores folclóricas?”. Estes e outros quadros sempre me intrigaram a ponto de me incomodar a ideia de alguem gostar deles...até que vi o filme com a bela da Selma Hayek transformada em Frida kahlo, e finalmente percebi que é impossível entender as pinturas de Frida Kalho sem conhecer a sua vida. Era impossível alguma vez compreender o “Meu Vestido Pendurado” , que nem era dos que mais me incomodava (e que agora adoro) sem saber da estória por trás. No fundo, é como certas músicas que até já gostamos e que depois de compreender o seu significado para quem as escreveu, gostamos mais ainda porque passamos a perceber nos versos mais do que eles querem dizer...Assim sendo, para quem gostar ou tiver curiosidade de conhecer, está no CCB até dia 21 de Maio a “maior exposição europeia sobre Frida Kahlo”...eu vou lá amanhã, logo vos conto como foi muahhh!

Não se "acanhem"


Ninguém nasce a ouvir Jeff Buckley, nem vale a pena mentir e dizer que se andava a começar a coleccionar a discografia do Buddy Holly aos seis anos, ou que aos nove o que mais adorávamos cantar no duche era o Hallellujah do Cohen.
Todos ouvimos música foleira. Eu ainda gosto de algumas e canto-as a arrumar o quarto ou passear o meu cão...Eu digo-vos as minhas, digam-me as vossas!

"All that she wants" dos Ace of Base (esta é uma all-time favourite para lavar a loiça e tomar banho) e "wake me up, before you go-go…lala" dos Wham. Depois vem a
"Always be my baby" e "I Will Always Love You" da Mariah e da Whitney respectivamente , porque uma nunca pode vir sem a outra, e porque é impossivel não saber aquelas letras tão profundamente dificeis de fixar depois de tocarem tantas vezes na radio.
Os Roxette, o Paulo Gonzo ( desculpa querido =Þ) e aquela da Dina do “Peguei trinquei e meti-te na cesta” , que cantei pela última vez com a cabeça fora do carro e os olhos fechados (só porque realmente não os conseguia mesmo abrir, por causa do vento) depois de terem falado mal do “pó de arroz” e da “cinderela” do Carlos Paião, que não merece porque foi dos únicos a fazer Pop bem feita sem cair na foleirice, cá deste lado do planeta;). E para terminar as "já fui ao brasil, praia a bissau, angola, moçambique...lalala" dos Da Vince e o “Forever young” dos Alphaville.

Pronto, este é o meu Top...Existem outras mas agora não me lembro. Vão debitando, eu hei-de lembrar-me de mais qualquer coisa.
Travelling...

Quero ir ao Brasil.
Mas também gostava de ir à Eurodisney outra vez, andar dez vezes seguidas no Space Mountain, ou à Isla Mágica em Sevilha andar naquela montanha russa invertida que só de olhar doi-me o estomago. E também não me importava de ir à Covilhã ver os meus primos. E porque não um fim de semana no Porto? Entretanto, não seria mal pensado conhecer a casa da minha tia “emprestada” em Moçambique e passar o dia a comer mangas arrancadas da árvore que ela tem no quintal, em frente à praia. Ou se calhar, podia dar um saltinho à Transilvânia, só para ver como é o castelo do Drácula de perto. Mas não, não, eu queria mesmo era ir a Barcelona e ver todos os museus e sítios que deixei por visitar...Ou em vez disso, ir até aos Estados Unidos e atravessar aquilo tudo de carro, ir até New Orleans ouvir os velhotes tocar, conhecer mestres obscuros do Blues no Mississipi, dormir ao relento no Grand Canyon (e levo o meu cão para comer os escorpiões e isso), ir até Roswell porque “Yo no creo en brujas, pero que las hay...” ou sei lá, ir a São Francisco passear-me naquela rua que parou nos anos 60´s...Só que depois, começo a pensar e realmente, eu nunca fui a Itália beber os capuccinos que a Inês tanto fala...nem a Viena de Austria passar um dia e uma noite pelos caminhos que o Jesse e a Celine percorreram, dar um beijo na Roda Gigante e ouvir cantar um poeta de rua...Mas bom bom eram uns diazinhos em Porto Covo ou Vila Nova de Mil Fontes ou na Zambujeira... E também era capaz de ser engraçado ir ter com a Sara a Madrid, ou com a Margarida à Holanda, ou com a Vania aos Estados Unidos...
“...tu cabes dentro de mim”


As vezes olho para ti e vejo-te do tamanho de um dedal...pequenino, mais pequenino do que eu, de olhos arregalados com essas linhas semi-transperantes que te circundam a irís e onde me encontro quando te demoras sobre o meu rosto...Ás vezes olho para ti e vejo-te do tamanho de um rebuçado, quando bebes a água fresca e dizes acriançado que “gostas tanto de água”, quando me agarras pela cintura e elevas no ar a deitar a lingua de fora à gravidade...a gravidade, a matemática, a química, a física quântica, nada faz sentido ao pé de ti, desafias o mundo com uma audácia indecente...indecente, “não tens vergonha nenhuma” dizes-me, “e tu também não” digo-te, vamos para o inferno, mas vamos juntos e ao menos está quentinho, “bem passadinho” como nós gostamos...Ás vezes olho para ti e vejo-te como se nascido de uma bola de sabão, vais onde o vento te levar ; e vejo-me como se nascida da espuma da praia, vou onde a maré me deixar, eu voou contigo e tu viajas comigo, qual conto imaginário da minha sophia onde cresci e me fiz criança...criança é o que tu és e como me fazes sentir quando damos as mãos e encolhemos e o mundo cresce, um mundo perdido onde as horas são nossas, a chuvinha cai e não há limites...limites, não os temos, “para o infinito e mais além” gritas enquanto eu, co-piloto nos dirijo “seja lá para onde isso for”, nem interessa (do inferno já não escapamos mesmo)...Ás vezes olho para ti e vejo-te do tamanho de um botão , como se ao agarrar-te coubesses na minha mão...e cabes, cabes tão direitinho na palma da minha mão...e eu melhor ainda dentro da tua.
You Are Most Like Miranda!

While you've had your fair share of romance, men don't come first
Guys are a distant third to your friends and career.
And this independence *is* attractive to some men, in measured doses.
Remember that if you imagine the best outcome, it might just happen.


Romantic prediction: Someone from your past is waiting to reconnect...

But you'll have to think of him differently, if you want things to work.



Quem diria, sempre achei que era um misto de Carrie com Charlotte ( e um bocadinho de samantha) ;)


Eu não consigo, não sei, nem quero aprender a viver sem música nem cinema. E quando vejo maus filmes ou ouço más bandas/músicas para mim é massacrar aquilo que considero ser do melhor que o homem tem capacidade de fazer.
Posto isto, ontem vi o “History of Violence”, que por ter estado nomeado para dois oscares, para palma de ouro em cannes e não sei se para algum globo de ouro, julgava um bom filme...bom filme “o tanas!”, um horror mas um verdadeiro e puro horror. Tudo bem que não sou adepta deste genero de filmes, e isso talvez faça parecer suspeito aquilo que digo, mas de qualquer forma um bom filme não é aquele que agrada até mesmo aos não-fãns e os faz pensar ao sair da sala “sim senhor, um bom filme dentro do genero”? ainda para mais um filme tão bem aclamado e com estas nomeações.
Não gostei do argumento, uma história que não traz nada de novo, e se em algumas críticas li várias vezes que “É sobretudo a violência crua/fria que se destaca neste filme” eu diria que é sobretudo a violência ridicularizada e exagerada, um exagero do principio ao fim com o protagonista a fazer as vezes de super homem a matar tudo e todos com um pé engessado e um tiro no ombro, já para não falar nas cenas de sexo e nudez despropositadas. Isto não é a vida como ela é...pelo menos a minha.
Imediatamente a seguir ao filme é claro que se gerou discussão em torno do assunto, com uns (a maioria) a defende-lo e outros (eu e ele) perplexos . Tenho sempre uma atitude passiva nestes casos, na espectativa que os que gostaram me convençam com argumentos válidos do porquê de o acharem um bom filme, mas a verdade é que isso não aconteceu e eu continuno na mesma.
Que existam filmes como este não me preocupa. Preocupa-me sim que tenham destaque e tanta exposição em detrimento de outros, certamente mais interessantes, e que existam pessoas que os levem ao colo... “É uma questão de gostos” como se costuma dizer para acalmar as discussões em vez de as levar ao cerne. Sim, é uma questão de gostos mas é estranho na mesma e continuo sem compreender...Será que não o vêem, como eu vejo? “Se calhar esta-me a escapar qualquer coisa” dizia ele...pois, se calhar está-nos a escapar qualquer coisa querido.
Post (este sim) fútil : 10 things i can´t live without

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...e vocês?

Literatura "bomba de gasolina"


É uma discussão recorrente entre mim e amigos meus, a do Paulo Coelho vs. literatura (e quem diz Paulo Coelho diz qualquer um desses escritores de bomba de gasolina ou da Pergaminho em geral). No fim, parece-me que ninguém fica mais esperto e acaba sempre em relativa confusão, com os que gostam a chamar-me arrogante e com os que não gostam, e até concordam comigo, a ser politicamente correctos e a chamar-me arrogante também, num gesto que para mim será sempre um misto de condescendência (que às vezes é mais arrogante ainda)com uma vontade compreensível de não discutir gostos, de ficar de bem com todos os interlocutores, de não alimentar mais conversa e de uma série de outras razões que nem importam muito ao que vou dizer agora.
Acontece que eu gosto de ler. Gosto MUITO até, faço-o com devoção, às vezes devoro livros aos três e quatro de uma vez, já li muito e sei que não li nem uma ínfima parcela do que gostaria de ter lido e encontro nos livros uma forma de melhorar a forma como escrevo, como me expresso, como vejo o mundo e as pessoas em geral. Aprendo e descubro com muito prazer os clássicos, os contemporâneos, os históricos, os romances, os policiais, os contos, tudo o que me vier parar à mão. Ou quase tudo.
O respeito que nutro pela literatura em geral faz-me questionar uma série de coisas (tal como faço com a música, com o cinema ou tão simplesmente, com a comida) e o Paulo Coelho é uma das que mais me impressiona e que desconfio nunca vir a ter capacidade de aceitar e/ou compreender. Já li quase todos os livros dele (tive o infortúnio de receber, num aniversário e de uma assentada só, pelo menos 4), li A Brida, O Diário de um Mago, O Alquimista, o Verónika decide morrer, até o Maktub (livrinho engraçado no meio disto tudo), sei lá que mais, e de todos (menos do primeiro) restou-me a mesma sensação que teria se fosse comer no MacDonalds, uma sensação profunda de estar a ser enganada, de ler uma e outra vez o mesmo e único livro, vazio, escrito para fazer dinheiro, intelectualmente desonesto. O Paulo Coelho é fastfood e, se ninguém contradiz que o fastfood é nefasto para a saúde, porque é que ninguém questiona os efeitos colaterais no leitor dos livros dele? Porque é que ninguém questiona a falsa mensagem de magia, de Richard Bach formatado (sim, pois, vai onde te leva o coração, já sabemos, já sabemos), de ouçam-os-conselhos-do-mago-que-eu-é-que-sei? Porque é que ninguém questiona a pobreza daqueles livros?
Já ouvi de tudo e nada me convence. Já me disseram que mais vale as pessoas lerem aquilo do que não lerem nada, que é uma questão de gostos, tudo argumentos falaciosos. Não é verdade que mais vale as pessoas lerem aquilo do que não lerem nada, não é.
Não digo que ninguém deva ler o Paulo Coelho, não é nada disso, cada um come o que quer e eu sei que há muita gente que gosta do MacDonalds, apesar de achar isso insano. A questão é que me parece importante que se chamem as coisas pelos nomes e acho ofensivo para a classe que se chame escritor ao Paulo Coelho (tal como acho ofensivo que se chamem hamburgueres do Macdonald). Aquilo até pode ser levezinho, ler-se bem, pode ser entretenimento mas nunca vai ser culturalmente relevante, nunca vai ser um livro, nunca vai ser bem escrito, bem imaginado, bem nada. É uma salada de legumes enlatados, uma sopa instantânea, um saco de cebola desidratada que incha com água. Existem dezenas, centenas, milhares de escritores 'leves', com livros fáceis de ler, divertidos, imaginativos, livros que falam de magia também, livros que dão mensagens de esperança, livros bons para levar para a praia, para ler no comboio, para ler só por ler mas, ora bolas,só não têm máquinas gigantescas de marketing atrás. Os seus autores não se fazem passar por magos sérios, são apenas escritores, provavelmente nem vendem assim tanto porque não são conhecidos nem polémicos. As prateleiras das livrarias e das bibliotecas ardem de tanto livro à espera de ser descoberto e aí, entra novamente a lógica do fastfood. Paulo Coelho é fácil, não é preciso procurar, encontra-se até nas bombas de gasolina, não dá trabalho nenhum. Ou seja, no fundo até se sabe que é mau, mas oh, está aqui mesmo à mão de semear, até nem é caro e toda a gente conhece.
Um prego será sempre mais verdadeiro que um hamburguer do Macdonalds, digo eu, e no fundo até custa o mesmo. Ao menos sempre é carne de verdade.
Hey ladies, today is our day so...

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e o meu preferido...Free Image Hosting at www.ImageShack.us Free Image Hosting at www.ImageShack.us Free Image Hosting at www.ImageShack.us


- Querido, são quase horas de irmos.
- Só mais três minutos amor...
- Está bem, só mais três minutos.


Só mais três minutos e depois mais três...não te queres levantar, eu também não, mais três minutos, só mais um bocadinho. Não tarda corremos de encontro às nossas margens opostas do rio , descabelados, atrasados, amarrotados de sono incompleto, são só três minutos mas são sempre minutos a mais. Minutos que são horas e as nossas sempre mais que as dos outros, porque vão cheias de riso, sonho e paixão, esperam pela tarde com uma ansiedade inusitada, juntando-se ao fim do dia como se nunca se tivessem juntado antes...e assim se constróem, se enlaçam, se reconhecem umas nas outras. São aos nossas horas, é o nosso mundo. E termos um mundo para nós já é muito, muito mais.
Before sunset, outra e outra vez...


Dentro da Cúmplice existem muitas Cúmplices. Tal como dentro dos Ricardos, das Marias, dos Luizes, dos Antónios, das Margaridas e dos Tiagos e das Saras e dos Josés e dos Carlos e das Carlas. Somos todos muitos cá dentro, muitos lá para fora, muitos para nós próprios, quando estamos sozinhos com os nossos pensamentos, e, de vez em quando, uns para algumas pessoas e outros para outras. E todas nós, todas as Cúmplices reencontrámos Céline e Jesse, nove anos mais velhos, como nós, nove anos mais cínicos, como nós, nove anos mais românticos, como nós e apesar de tudo.
É certo, não cheguei ainda, no bilhete de identidade, ao cinismo trintão, retro(intro?)spectivo de nenhum deles, não tenho filhos nem casamentos falhados atrás de mim, mas de tudo o que a vida deu e tirou, de todas as músicas e silêncios, de todas as asneiras e passos em falso, das viagens e das paragens e mais que qualquer outra coisa, dos amores e desamores dos meus curtos mas cheios dias, retirei um je ne sais quoi de trintona precoce, seja lá isso o que for, que me deixou ontem e mais uma vez eufórica e deprimida, desconfortável e demasiado dentro do filme do Linklater, escrito em parceira com o Ethan Hawke e a Julie Delpy, esses grandes, grandes sacanas.
Ao longo do filme, desfila o que eles foram durante os nove anos de separação, e com a tensão presente desde o primeiro minuto, algures desfilava no écran aquilo que eu fui, coisas que eu vivi, momentos embaraçosos iguais aos meus, as minhas crenças e as minhas tristezas, as minhas alegrias e a minha solidão e a minha Nina Simone, as minhas músicas e os meus namorados, os bons e os maus.
E no fim do filme, olho para a Sara e na cara dela, o mesmo ar meio neurótico de quem, a rir, tem muita vontade de chorar e se sente violada no mais íntimo de si por um filme, porra, um pedaço de película de m****, pah. É ficção!
Mas então, porque se é ficção, e porque se é mesmo só um filme, porque é que mexe assim connosco? Porque é que nos sentimos expostas assim, eu e ela, de vidas tão diferentes, sentadas num sofá às escuras a olhar a nossa vida ao espelho, como tanta gente que já viu e, provavelmente, sentiu o mesmo desconforto e a mesma identificação irracional?
Porque não encontrámos respostas a nada, rendemo-nos à insanidade proporcionada e escolhemos não questionar mais o que somos, se cínicas, se românticas, até porque no fundo, somos as duas coisas. Tal como os outros todos, vocês todos que são tanta gente aí dentro das vossas cabeças e já foram e são e vão continuar a ser, Céline e Jesse, tantas vezes ao longo das vossas vidas. Se é bom, se é mau, não saberia dizer-vos nem que quisesse - e não quero - mas para mim, e na certeza que a grande maioria discordará, este é um dos filmes mais bonitos que vi na vida. Como naquela cena no "Beleza Americana" em que ele chora com a beleza de um saco de plástico a voar, este filme é feito de pequenas coisas tão insuportavelmente bonitas que pela primeira vez em muitos anos, o bonito me doeu aos limites da esquizofrenia.
Dos diálogos brilhantes aos pequenos gestos, o grandioso deste filme bebe a sua magia na contenção. Uma contenção esmagadora. Assassina. Fatal para os fracos de coração.
E eu sou uma fraca de coração que nunca mais fui a mesma até hoje. As silly as it may sound, o raio do filme partiu-me , parte-me , e partir-me-a sempre aos bocados.
Para Elas...

Naquela altura não passávamos de miúdas, o mundo era estranho (ainda é) e o Kurt cobain era vivo. Tínhamos as nossas paixões assolapadas mas nunca gostamos dos mesmos rapazes, já sabíamos que o mais importante éramos nós, as melhores amigas do mundo inteiro. Eu era a miúda que gostava de caminhar pela linha do comboio, deixar pedras nos carris e equilibrar-me ao longo do caminho - vocês já não achavam tanta piada a isso, às vezes zangávamo-nos, mas éramos atinadas. Tínhamos boas notas sem estudar muito, (sem estudar nada). As vezes íamos para a varanda da Margarida estudar, pois sim...Comprávamos as nossas revistas parvas, a Super PoP, a Bravo e mais tarde quando já nos achávamos “grandes” , a ragazza [eu sei que ainda a compras sara, mas não conto a ninguém;)].
A viagem a Paris, momento “fatídico” nas nossas vidas, vivemos com intensidade aqueles dias passados na cidade luz, chorámos, chorámos tanto no abraço umas das outras lembram-se? Quiseram-nos separar, e por algum tempo acreditei que conseguiam. Traímo-nos umas às outras, estúpidas!! A Sarah num grupo diferente, eu e os rapazes, a margarida e as miúdas da turma C...morri de ciúme e engoli-o para não perceberem que me afectava, que me irritava andarem de um lado para o outro como se fossem as melhores amigas, mas não eram e quando nos apercebemos voltamos para nós, chorámos outra vez e perguntámo-nos meio a rir, meio a medo, se aos dezoito ainda íamos ser amigas. Que disparate. Claro que sim...Nem tudo foi mau, tínhamos um quarto só nosso onde queimávamos incenso a toda a hora, tínhamos os cremes, vernizes espalhados na mesa encostada a janela com vista “pour lá université” e no armariozinho ao lado, as bolachas que todas as noites eram motivo de saques...e por mais anos que passem nunca me hei-de esquecer daquela noite em que uma febre esquisita não me deixou dormir e tu mana, ainda que perdida de sono, passas-te a noite do meu lado a pôr-me panos frescos na testa para a febre baixar -um gesto de amizade comparável ao segurar a testa de alguém quando vomita. Quiseram-nos separar e ”virou-se o feitiço contra o feiticeiro” (se tivesse algum provérbio preferido seria este).
Depois da viagem, vieram os anos do Edson e a minha primeira saída para Almada velha, o Manecas, a Tasca do cão e mais tarde a Cerca da noite, noites longas que lá passávamos. Os namorados, os flirts...As incursões a Lisboa e as varandas dos cacilheiros no por-do-sol. O karaoke na casa da margarida (guarda bem essa cassete esteja ela onde estiver, pode ser a nossa desgraça). O primeiro cigarro no sótão, as t shirts compridas do Mário que usávamos para disfarçar o cheiro , eu ria-me porque isso não tirava o cheiro dos dedos e gozámos muito porque afinal, aquilo não fazia tossir (só Á Sarinha, vais-me odiar depois disto lol). Depois corríamos para o elevador, mas antes escondíamos o maço entre as telhas do telhado com medo de ser descoberto e desconfio que ainda lá esteja...E desse primeiro cigarro, as primeiras tonturas, os nossos grandes desatinos, outras descobertas ainda menos salutares. Os caminhos, minhas amigas, andaram separados, cada uma seguiu o seu caminho como tinha de ser, mas sempre, sempre, sempre, bem cá no fundo, estavam ( estão) vocês. Sempre foi para vocês que regressei, sabem disso. Foram sempre vossos os primeiros braços que procurei a cada regresso. A cada pedaço de coração partido. A cada partida. Partilharam (e partilham) tudo comigo e eu com vocês.
Hoje, olho para vocês passados estes anos, que nem foram assim tantos (mas os suficientes para encher de recordações uma caixa de sapatos forrada a papel de lustro com borboletas) , e tenho orgulho das pessoas bonitas que se tornaram. Continuam a ser vocês, confidentes, amigas, irmãs. O que sentimos não se compara a nada no mundo, sempre dissemos que bastava uma de nós ser do sexo oposto para estarmos casadas e é mesmo assim, mesmo assim. Os laços que nos unem são mais fortes que qualquer outro, os vossos namorados sempre o souberam, os meus também, nunca pudemos gostar deles com tanta força. Ninguém entende os meus silêncios como vocês, ninguém entende os vossos abraços como eu...


Desculpem-me a repetição, mas elas merecem.
POP UP hour...


Todos os sábados às 14.30 na rtp2 sou audiência deste programa que fala da cultura urbana, das novas tendências em áreas como a musica, teatro, moda etc no formato alternativo que esta estação televisiva nos tem vindo a habituar. A rtp2, que se por um lado me surpreende, deixa ainda margem para algum descontentamento pela forma como, a meu ver, é deixada ao abandono na vez de ser aproveitada e explorada. Mas voltando ao POP UP, bom programa, bom formato a uma boa hora mesmo para os friday night loverss.

Recebi há uns dias (um ano) por mail (merci carlos) e nunca concordei tanto com o MEC. Que se lixem os amores arrumadinhos, viva a paixão desenfreada e a dor de corno.

Elogio ao amor

(Miguel Esteves Cardoso - Expresso)


"Há coisas que não são para se perceberem. Esta é uma delas. Tenho uma coisa para dizer e não sei como hei-de dizê-la. Muito do que se segue pode ser, por isso, incompreensível. A culpa é minha. O que for
incompreensível não é mesmo para se perceber. Não é por falta de clareza. Serei muito claro. Eu próprio percebo pouco do que tenho para dizer. Mas tenho de dizê-lo.

O que quero é fazer o elogio do amor puro. Parece-me que já ninguém se apaixona de verdade.
Já ninguém quer viver um amor impossível. Já ninguém aceita amar sem uma razão.
Hoje as pessoas apaixonam-se por uma questão de prática. Porque dá jeito.
Porque são colegas e estão ali mesmo ao lado.
Porque se dão bem e não se chateiam muito. Porque faz sentido.
Porque é mais barato, por causa da casa. Por causa da cama.
Por causa das cuecas e das calças e das contas da lavandaria.
Hoje em dia as pessoas fazem contratos pré-nupciais, discutem tudo de antemão, fazem planos e à mínima merdinha entram logo em "diálogo".

O amor passou a ser passível de ser combinado.
Os amantes tornaram-se sócios. Reúnem-se, discutem problemas, tomam decisões.
O amor transformou-se numa variante psico-sócio-bio-ecológica de camaradagem.
A paixão, que devia ser desmedida, é na medida do possível.
O amor tornou-se uma questão prática.
O resultado é que as pessoas, em vez de se apaixonarem de verdade, ficam "praticamente" apaixonadas.
Eu quero fazer o elogio do amor puro, do amor cego, do amor estúpido, do amor doente, do único amor verdadeiro que há, estou farto de conversas, farto de compreensões, farto de conveniências de serviço.

Nunca vi namorados tão embrutecidos, tão cobardes e tão comodistas como os de hoje.
Incapazes de um gesto largo, de correr um risco, de um rasgo de ousadia, são uma raça de telefoneiros e capangas de cantina, malta do "tá bem, tudo bem", tomadores de bicas, alcançadores de compromissos,
bananóides, borra-botas, matadores do romance, romanticidas.
Já ninguém se apaixona? Já ninguém aceita a paixão pura, a saudade sem fim, a tristeza, o desequilíbrio, o medo, o custo, o amor, a doença que é como um cancro a comer-nos o coração e que nos canta no peito ao mesmo tempo?

O amor é uma coisa, a vida é outra. O amor não é para ser uma ajudinha.
Não é para ser o alívio, o repouso, o intervalo, a pancadinha nas costas, a pausa que refresca, o pronto-socorro da tortuosa estrada da vida, o nosso "dá lá um jeitinho sentimental".

Odeio esta mania contemporânea por sopas e descanso.
Odeio os novos casalinhos. Para onde quer que se olhe, já não se vê romance, gritaria, maluquice,facada, abraços, flores. O amor fechou a loja.
Foi trespassada ao pessoal da pantufa e da serenidade. Amor é amor.
É essa beleza. É esse perigo. O nosso amor não é para nos compreender, não é para nos ajudar, não é para nos fazer felizes. Tanto pode como não pode. Tanto faz.
É uma questão de azar. O nosso amor não é para nos amar, para nos levar de repente ao céu, a tempo ainda de apanhar um bocadinho de inferno aberto.

O amor é uma coisa, a vida é outra. A vida às vezes mata o amor.
A "vidinha" é uma convivência assassina. O amor puro não é um meio, não é um fim, não é um princípio, não é um destino. O amor puro é uma condição.
Tem tanto a ver com a vida de cada um como o clima. O amor não se percebe.

Não é para perceber. O amor é um estado de quem se sente. O amor é a nossa alma.
É a nossa alma a desatar. A desatar a correr atrás do que não sabe, não apanha, não larga, não compreende. O amor é uma verdade. É por isso que a ilusão é necessária.
A ilusão é bonita, não faz mal. Que se invente e minta e sonhe o que quiser.


O amor é uma coisa, a vida é outra. A realidade pode matar, o amor é mais bonito que a vida.
A vida que se lixe. Num momento, num olhar, o coração apanha-se para sempre.

Ama-se alguém. Por muito longe, por muito difícil, por muito desesperadamente.
O coração guarda o que se nos escapa das mãos.
E durante o dia e durante a vida, quando não esta lá quem se ama, não é ela que nos acompanha - é o nosso amor, o amor que se lhe tem.
Não é para perceber. É sinal de amor puro não se perceber, amar e não se ter, querer e não guardar a esperança, doer sem ficar magoado, viver sozinho, triste, mas mais acompanhado de quem vive feliz.
Não se pode ceder. Não se pode resistir.

A vida é uma coisa, o amor é outra.
A vida dura a Vida inteira, o amor não. Só um minuto de amor pode durar a vida inteira.
E valê-la também."

Pipocas, incenso e jeff...

A campainha toca, ouço-as subir já naquela algazarra tão típica de quando nos juntamos. Trazem pipocas, eu tenho o incenso, as velas, o jeff e eventualmente um filme que começamos a ver e raramente terminamos...As vezes dormem por cá, quando a noite já vai alta e a conversa animada, tanto que a minha mãe nos faz um lanchinho de “meia noite” antes de se deitar e termina com um “Boa noite meninas, não se deitem muito tarde e tenham cuidado com o barulho” Qual quê... gargalhadas e gargalhas que ecoam do meu quarto noite fora . Elas não partilham muito do meu gosto musical, mas respeitam-no, as vezes dizem “só tu Andreia, para gostares disto” mas no fundo, a cada sessão vão-se convertendo aos meus gostos musicais e cinematográficos e até já suportam “os berros do Jeff” e os “francesismos” da Amelie. Somos diferentes é certo, e o que à partida parecia ser motivo de discórdia é o que mais nos une. A amizade é um lugar estranho, onde nós gostamos de estar...
Modo: F É R I A S


Já não me lembrava de como é bom não ter nada para fazer e puder preencher o dia com coisas inúteis como rebentar bolinhas de plástico.


...inércia suprema, escrevo isto com uma mão para continuar a rebentar bolinhas com a outra ah ah.
Apontamento: Voltar...


Em seis anos de ausência, anseio pelo mesmo amor que senti ao percorrer as ruas e avenidas de Paris. Era incapaz de lá morar, mas há qualquer coisa, “quelque chose” em Paris, um “je ne sais quoi” que me remete em saudade e vontade de lá voltar... Quero rever os pintores de Montmartre da minha Amelie Poulain, as bancas intermináveis de livros e vinil antigos, o carrousel.., comer um “Crêpe au chocolat” no meio da rua, beber qualquer coisa quente num bar em St. Michel e perder-me pelo imenso cinzento nostálgico que lhe fica tão bem. Um dia destes pego na mochila e "lá vai ela..."
A não perder.


"O Poder da Arte" é o título da exposição que a Fundação de Serralves realiza na Assembleia da República, em Lisboa. São cerca de 80 obras de 50 artistas contemporâneos, nacionais e estrangeiros, que pretendem criar "um diálogo de confronto com o espaço onde são apresentadas". Pintura, escultura, vídeo, instalação. Rui Chafes, Paula Rêgo, Júlio Pomar, Pedro Cabrita Reis, Claes Oldenburg, Helena Almeida, Julião Sarmento... Enfim, a coisa promete. Até ao próximo dia 16 de Abril.

...e a entrada é gratuita, por isso não há desculpas de falta de "tempo".


Setubal...

Setúbal grita-me aos ouvidos que fique em casa, FICA NA CAMA, Andreia Sofia, FICA NA C-A-M-A! Eu até ficava, mas não posso. Setúbal húmida, fria e da chuva que só cai quando nos apanha a correr para um lado qualquer. Eu até gosto de ti, mas hoje não. Hoje estou zangada contigo, Setúbal feia do “túnel do quebedee”, do “pexe frrite” e dos comboios de hora a hora , que nada tens a ver com a minha Lisboa das 7 colinas, dos 7 miradouros e do meu Bairro Alto... Setúbal malvada, que não te perdoo o rigor deste Inverno enquanto não voltar a respirar pelo nariz.


That´s what they are for...

<Demos as mãos, sentimos o frio entranhar-se pelos ossos e ficamos os 4 calados, em fila, pés penhasco dentro, penhasco fora a ver a Cidade do alto mais alto e escondido de Almada. Nunca ninguém lá vai, só nós...os outros preferem os miradouros, nós preferimos aquele recanto escuro onde a única luz que brilha é a que vem de Lisboa...a nossa Lisboa. Mas o silêncio dura pouco com a Margarida a interromper para dizer “ já repararam naquele Y de estradas ao fundo?” e o Tiaguinho logo de seguida “lembram-se daquela vez que a ponte estava metade iluminada, metade às escuras e nos pusemos a inventar razões?”...e ali ficamos não sei quanto tempo, de olhos postos , encadeados pelas luzes, pelas colinas, pelo rio...não sabem o que se passa, mas sentem-no, nos meus olhos as luzes parecem brilhar mais do que nos deles...e sem perguntar, abraçam-se a mim no silencio daquela noite fria, que deixou de o ser quando sobre mim caiu o peso do emaranhado de braços.
Deambula-mos por Almada velha como em tempos, encontrámos velhos amigos e acabámos a noite entre a lareira do “Cerca da noite” e as cumplicidades que cada um tinha para a contar: o João e o atelier de arquitectura, a Margarida e as estorias da faculdade e o Tiago a mostrar-nos os novos poemas que escreveu para as músicas dos Skuarl...são os meus pequeninos, e gosto tanto deles.
É pro o menino e prá menina


Rua da assunção nº 22 Lisboa

Livros como Passaportes

Ler um livro como quem prepara a mala e viaja sem saber bem para onde, assim são as minhas partidas e chegadas de cada vez que me perco num livro. Esteja onde estiver, os livros e a música, passaportes imediatos para outra dimensão, são um escape ao Mundo em que nem sempre gosto de estar...Meios de transporte obrigatórios à fuga pessoal para “outro lado que não este” onde fechar os olhos é voar no tempo, no espaço e não há limites para lá da imaginação e da saudade...


...e a minha lista de livros a adquirir na feira do livro não pára de aumentar.


Regresso

A festa acabou.Saboreio com prazer todos os “regressos a casa” de noites memoráveis como esta. Bem diferente da “ida”, em que o rádio toca alto e a agitação é tanto maior quanto o entusiasmo, no regresso a casa o cansaço atira-nos para os cantos do carro e transforma o som do rádio, independentemente da música ou posto, num embriagado jazz fim de noite . Descalça, de sapatos no colo, serpenteio os pés na direcção dele...só eu e ele nos mantemos acordados: o co-piloto há muito que se deixou adormecer debruçado na janela do jipe, e os outros também. Vamos devagar, ao ritmo do tal jazz que toca baixinho e das luzes beira de estrada que iluminam o asfalto de Vilamoura a Albufeira, não temos pressa, a festa acabou e aconteça o que acontecer, já vivemos 5 horas de 2006...Mas assim que chegamos à casa que, por 4 dias, foi nossa “é a ternura que volta”, e mesmo perdidos de sono há ainda tempo para o chá das 5 ( da manhã), uma tareia no Mortal Combat, uma mistela de atum com ovo, maionese e tostas e ainda trafulhices nos que caíram nas camas antes de nós. Um fim de noite e de ano perfeito que só termina quando abro a porta do quarto e o vejo, deitado, já adormecido...Não percebo se chega a acordar quando me deito, porque conforme me afundo nos lençóis que preparou com cuidado, encaixa-se a mim, diz que me adora e dá-me um beijo que desta vez não confundo com um sonho mas que me embala e adormece até para o ano....
Jazz is not dead, it just smell funny
Agenda Cultural : AA TRIGE AND FREE IMPROVISORS

Andres Velazquez, sax
Rafael Pozo, guitarra eléctrica
Miguel Benardo, clarinete
Julio Camarena, guitarra
Jesus Ramirez, tuba
Ernesto Rodrigues, violino

7 Janeiro, 19h30 (3 €)
TREM AZUL JAZZ STORE (Rua do Alecrim 21A, Lisboa)

8 de Janeiro, 22h30 (3 €)
LISBOA BAR (Rua da Trindade 7, Lisboa)

...para começar bem o novo ano ",