Eu não consigo, não sei, nem quero aprender a viver sem música nem cinema. E quando vejo maus filmes ou ouço más bandas/músicas para mim é massacrar aquilo que considero ser do melhor que o homem tem capacidade de fazer.
Posto isto, ontem vi o “History of Violence”, que por ter estado nomeado para dois oscares, para palma de ouro em cannes e não sei se para algum globo de ouro, julgava um bom filme...bom filme “o tanas!”, um horror mas um verdadeiro e puro horror. Tudo bem que não sou adepta deste genero de filmes, e isso talvez faça parecer suspeito aquilo que digo, mas de qualquer forma um bom filme não é aquele que agrada até mesmo aos não-fãns e os faz pensar ao sair da sala “sim senhor, um bom filme dentro do genero”? ainda para mais um filme tão bem aclamado e com estas nomeações.
Não gostei do argumento, uma história que não traz nada de novo, e se em algumas críticas li várias vezes que “É sobretudo a violência crua/fria que se destaca neste filme” eu diria que é sobretudo a violência ridicularizada e exagerada, um exagero do principio ao fim com o protagonista a fazer as vezes de super homem a matar tudo e todos com um pé engessado e um tiro no ombro, já para não falar nas cenas de sexo e nudez despropositadas. Isto não é a vida como ela é...pelo menos a minha.
Imediatamente a seguir ao filme é claro que se gerou discussão em torno do assunto, com uns (a maioria) a defende-lo e outros (eu e ele) perplexos . Tenho sempre uma atitude passiva nestes casos, na espectativa que os que gostaram me convençam com argumentos válidos do porquê de o acharem um bom filme, mas a verdade é que isso não aconteceu e eu continuno na mesma.
Que existam filmes como este não me preocupa. Preocupa-me sim que tenham destaque e tanta exposição em detrimento de outros, certamente mais interessantes, e que existam pessoas que os levem ao colo... “É uma questão de gostos” como se costuma dizer para acalmar as discussões em vez de as levar ao cerne. Sim, é uma questão de gostos mas é estranho na mesma e continuo sem compreender...Será que não o vêem, como eu vejo? “Se calhar esta-me a escapar qualquer coisa” dizia ele...pois, se calhar está-nos a escapar qualquer coisa querido.
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