That´s what they are for...
<Demos as mãos, sentimos o frio entranhar-se pelos ossos e ficamos os 4 calados, em fila, pés penhasco dentro, penhasco fora a ver a Cidade do alto mais alto e escondido de Almada. Nunca ninguém lá vai, só nós...os outros preferem os miradouros, nós preferimos aquele recanto escuro onde a única luz que brilha é a que vem de Lisboa...a nossa Lisboa. Mas o silêncio dura pouco com a Margarida a interromper para dizer “ já repararam naquele Y de estradas ao fundo?” e o Tiaguinho logo de seguida “lembram-se daquela vez que a ponte estava metade iluminada, metade às escuras e nos pusemos a inventar razões?”...e ali ficamos não sei quanto tempo, de olhos postos , encadeados pelas luzes, pelas colinas, pelo rio...não sabem o que se passa, mas sentem-no, nos meus olhos as luzes parecem brilhar mais do que nos deles...e sem perguntar, abraçam-se a mim no silencio daquela noite fria, que deixou de o ser quando sobre mim caiu o peso do emaranhado de braços.
Deambula-mos por Almada velha como em tempos, encontrámos velhos amigos e acabámos a noite entre a lareira do “Cerca da noite” e as cumplicidades que cada um tinha para a contar: o João e o atelier de arquitectura, a Margarida e as estorias da faculdade e o Tiago a mostrar-nos os novos poemas que escreveu para as músicas dos Skuarl...são os meus pequeninos, e gosto tanto deles.
Deambula-mos por Almada velha como em tempos, encontrámos velhos amigos e acabámos a noite entre a lareira do “Cerca da noite” e as cumplicidades que cada um tinha para a contar: o João e o atelier de arquitectura, a Margarida e as estorias da faculdade e o Tiago a mostrar-nos os novos poemas que escreveu para as músicas dos Skuarl...são os meus pequeninos, e gosto tanto deles.
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