É nestas alturas que reflectimos sobre aquilo que nos propusemos a fazer durante o ano...Do que fiz e do que ficou por fazer resultou a minha Lista de desejos para este novo ano que aí vem.
"Nestas impressões sem nexo, nem desejo de nexo, narro indiferentemente a minha autobiografia sem factos, a minha história sem vida. São as minhas Confissões, e, se nelas nada digo, é que nada tenho que dizer."
Ano novo, vida nova, visual novo e sabe-se lá mais o que...a verdade é que já andava um pouco farta do antigo visual do blog. Espero que as modificações sejam do agrado de vossas excelências, o blog está mais simples mas mais leve como eu pretendia.
A propósito...
È com pena minha que vejo terminar alguns dos blogs que já faziam parte do meu roteiro bloguístico diário...Talvez também por isso tenha optado por mudar um pouco o visual, para não me cansar...confesso que algumas vezes o mesmo me passa pela cabeça, mas por enquanto a Cúmplice manter-se-á aqui, no cantinho de sempre, de olho em quem por aqui passa ;)
Hoje o post é curto, e sem muito mais para dizer aqui vos deixo com:
“Toda a Verdade” sobre as Eleições Americanas...
Agora estamos,
Agora somos,
O agora, o antes e o depois meras oscilações dos destinos, dos caminhos que tomamos. São imensas as direcções que deixamos por seguir em virtude de outras, “tantas quanto a saudade que se tem”... Gente que vai e que fica na alma como na pele deixando vestígios, alguns inapagáveis, outros nem tanto...
"Feitos de chão, de chuva e sonho
Fora do tempo
Despedaçado o que fica de nós
Nas batalhas sentidas cá dentro
Por isso é que eu sigo esse brilho de noite"
Minha Lisboa, em ti deixei memórias pelas ruas, sentimentos pelas avenidas , emoções que ficaram no teu passado como no meu numa saudade infinita que faz transbordar o rio ao qual pertences mais do que a mim...
Cidade mulher que a cada madrugada renasces mais bela e serena, tranquila e misteriosa só a ti entrego meus segredos e devaneios quando á noite me dou louca e enamorada, cúmplice dos desejos que guardo no peito e me prendem as amarras...
E ao deambular por ti ó Cidade, são tantos os sabores que te reconheço, relembras-me coisas boas, momentos que jamais apagaras das calçadas imensas vezes percorridas por nós amantes de alguém que ficou, que está e ade vir...
Mas és mais do que eu sei dizer, um abrigo, porto seguro do meu desencanto...como eu te Amo.
"No divino impudor da mocidade,
Nesse êxtase pagão que vence a sorte,
Num frémito vibrante de ansiedade,
Dou-te o meu corpo prometido à morte!
A sombra entre a mentira e a verdade...
A núvem que arrastou o vento norte...
Meu corpo! Trago nele um vinho forte:
Meus beijos de volúpia e de maldade!
Trago dálias vermelhas no regaço...
São os dedos do sol quando te abraço,
Cravados no teu peito como lanças!
E do meu corpo os leves arabescos
Vão-te envolvendo em círculos dantescos
Felinamente, em voluptuosas danças... "
Florbela Espanca
À medida que os dias passam, que o frio aumenta e os aconchegos pesam cada vez mais sobre os nossos corpos arrefecidos chegam também a já habitual “azafama natalícia” ;) e esse estado de espirito estranhamente reconfortante tão típicos desta altura...
Uma quase musicalidade parece inundar todas as coisas, todos os sorrisos e olhares (provável fruto da minha visão meio poetico-distorcida...ou então não). Pena esta atmosfera ser como um ecossistema temporário no qual se viv apenas uma vez por ano...Mas ainda assim, e talvez por essa mesma razão é tão especial esta época, muito também pela estreita relação que estabelece com a família. São boas as recordações que guardo dos meus Natais passados na Serra, ao calor da lareira, em amena cavaqueira com os meus primos esperando inquietamente pela chegada das doze badaladas...
Estamos a quase um mês do Natal e mal posso esperar por passear-me pela iluminada baixa pombalina de cartucho em punho observando as frias horas de inverno passar enquanto a noite desfila rio abaixo num fim de tarde precoce...
É o romance, para os românticos daqueles que fazem chorar (no meu caso baba e ranho) prima pela excelente banda sonora. Vejam se puderem*
im ready to go
im stading here outside your door
i hate to wake you up to say goodbye
but the dawn is breaking this early morn
the taxi is waiting
is blowing his horn
already im so lonesome i could die
so kiss me and smile for me
tell me that you wait for me
hold me like you never let me go
im leaving on a jet plane
dont know when i'll be back again
oh babe i hate to go
i hate to go
thers so many times i let you down
thers so many times i playd around
but now you know that they dont mean a thing
every place i go i think of you
every song i sing i sing for you
when i come back i'll wear your weding ring
O tempo é para mim cada vez mais abstracto e menos linear, tanto pela sua inconstância como pela subjectividade que evoca...
Por vezes, quando os pensamentos ultrapassam a capacidade de os controlar, quando se desviam da minha linha de reflexão, sinto-me paralisar no tempo passado, numa dimensão que não me pertence nem faz parte do que agora entendo como presente...Tento caminhar em frente, fazer do tempo essa evolução linear que nos faz envelhecer, guardar memórias e fotografias, restos da vida que se acumula nas costas a cada novo instante sem darmos conta...mas a minha tendência, é a terrível da melancolia...Pior que um vicio, um veneno que infecta o pensamento, adormece a razão e contagia a percepção do mundo que existe para além do imenso universo da alma...Situada no limiar entre a saudade e a amargura que persiste nos corações, é preciso saber doma-la : ceder de vez em quando, mas nunca render a espirito à falta de intrepidez que lhe advém...
Será que existe uma aura em cada um de nós?...o facto é que algumas pessoas pareçem irradiar uma estranha luz que vem de dentro e nos envolve sem razão aparente...
Experimentem
Desfaleci exausta na cama abandonada, larguei meu peso, espessura e forma sobre os lençóis envelhecidos, consumidos e depressa a noite se desdobrou na minha pele ainda com vestígios do dia que agora eu via dissipar lento e sereno nas paredes do meu quarto.
Contagiada pela sonolência tardia, movia apenas os olhos procurando algo que me alimenta-se o ócio que se instalava no corpo e lá estava no cinzeiro, um cigarro que ficou esquecido. Reacendi-o e por instantes limitei-me apenas a olhar aquela cinza que devagar se consumia sozinha...(“ás vezes somos como cigarros” pensei, “se nos acendem, ou somos consumidos ou consumimo-nos nós até já não haver “mais papel e químicos” por onde arder” ) . Num excesso de qualquer coisa, levei-o aos lábios sorvendo, em câmara lenta (como na TV) daquele fumo a cinzenta satisfação que lentamente se estendia do corpo a alma numa dormência que me congestionava os pensamentos e evocava memórias longínquas, dias remotos e sentimentos condenados à saudade eterna da melancolia...
Malditos "papel e quimicos"...
cultiva um gosto particular por pequenos prazeres: enfiar a mão até ao fundo de um saco com grãos, partir a crosta do leite creme com as costas de uma pequena colher...
ou atirar pedras ao canal de Saint-Martin...”
Sabem onde ela está?
Vejam o filme, "ela vai mudar a vossa vida"
Ainda sinto o sabor do teu ameno sorriso e guardo-o no canto escondido dos meus lábios que em segredo anseiam ainda pelos teus...
Adimensionnel I
Senicitas-Salvador Dali
Momentos há que me sinto desvanecer num quadro de Dali, onde os pesadelos se convertem em nódoas mais ou menos escuras manchando o painel onde pinto sem talento os meus desassossegos...Vou-me perdendo no vazio da tela imensa, repleta de minúsculos traços que me gastam a alma, corroem as entranhas e dissipam o corpo em míseros estilhaços que agora repousam a meus pés frios, e já sem força para caminhar pelos os dias que passam...
Desinspirada, tento compreender a fusão de cores que se amontoam em pequenos vestígios do arco Íris... mas falha-me a percepção, o aparente apodera-se dos meus sentidos imobilizando-os numa dimensão que não a minha...
Talvez pudesse o tempo parar
Quando tudo em nós de precipita
Quando a vida nos desgarra os sentidos
E não espera, ai quem dera
Houvesse um canto pra se ficar
Longe da guerra feroz que nos domina
Se o amor fosse um lugar a salvo
Sem medos, sem fragilidade
Tão bom pudesse o tempo parar
E voltar-se a preencher o vazio
É tão duro aprender que na vida
Nada se repete, nada se promete
E é tudo tão fugaz e tão breve
Tão bom pudesse o tempo parar
E encharcar-me de azul e de longe
Acalmar a raiva aflita da vertigem
Sentir o teu braço e poder ficar
É tudo tão fugaz e tão breve
Como os reflexos da lua no rio
Tudo aquilo que se agarra já fugiu
É tudo tão fugaz e tão breve.
Fragilidade-Mafalda veiga
Caminhavas levemente pelos dias, com o passo apressado, muito mais do que o meu, e ainda que um passo teu fossem dois meus eu seguia a sombra do teus pés no plano infinito das ruas que atravessamos sem medo. Por vezes, agarravas-me a mão com a suave delicadeza que sem te aperceberes possuías e dizias-me “mais depressa” enquanto eu acompanhava o difícil ritmo do teu andar...
Nas tuas mãos começa a noite
Escondida nos gestos
Cuidadosamente desfeitos...
Mãos doces que percorrem
minha pele inquieta,
Misturando-se numa dança
Enlouquecida como se
Em cada dedo a ternura e o desejo
Se completassem...
Nas tuas mãos termina o mar
Fundido nos traços ondulantes
Do destino que te cresce
Apaixonadamente nas nuas e
Desoladas palmas
Que sabem a minha boca,
a minha alma, ao amanhecer
do meu corpo em ti...
Nas tuas mãos o mundo pulsa devagar,
Cada fragmento de vida corre
lentamente, deliciosamente
no sal da tua pele onde
sucede a eternidade
Nas tuas mãos perdem-se as minhas,
Gastam-se a´ força de as apertarmos
Na leveza dos dias, no crepúsculo
Envelhecido do sol...
Nas nossas mãos claras de paixão
Brotam poemas, palavras imortalizadas
pela saudade sempre acesa
na delicadeza da chama que nos mantém...
A Cúmplice
Deixada ao abandono, seguia triste, sozinha pela manha dolente...
Caminhava devagar com a sensação estranha de quem regressa deixando atras de si o rasto prateado do que foi e não volta a ser...
Debaixo dos pés, emergiam pequenos estalidos bem menores do que aqueles que na sua cabeça ecoavam distantes...eram os restos perdidos da estação passada que persistia : no chão, folhas caídas prontas a serem despedaças e pisadas ( e como ela adorava ouvir o som estridente da destruição ) e no horizonte vestígios insignificantes do lúgubre astro maior...
Nada a deixava mais nostálgica do que aquelas manhãs enfadonhas que lembravam outras passadas num tempo longínquo em que nada parecia estar em harmonia com nada...e ela, dispersa na sua fantasia habitual de criança perdida permanecia estática deixando-se invadir infantilmente pela névoa que lhe cobria os olhos entristecidos, inactivos nas orbitas. Seus olhos eram fortes (lembravam os dele), de uma concupiscência tal que, mesmo quando a tremura os atingia, brilhavam como luas novas suspensas no negro céu . Só ele calava o medo que eles encerravam sempre que o escuro chegava sem avisar...
Mas era o silencio de quando ele não estava que a rasgava em estilhaços tristes e a comia interiormente como se um vazio enorme se apodera-se daquele pequeno coração tão frágil...
um abraço Pai*
Dos teus olhos resplandecem mil palavras,
Versos mudos que calam meus sentidos,
Paralisam minha boca, ocultando-a no poema da tua,
Enchendo-a de uma substancia inacreditavelmente doce
Num misto de fluidos que nos encharcam a alma
E afogam o mundo...
E asfixiam o tempo...
Finalmente visitei Barcelona. Era um objectivo já antigo, reforçado desde que tomei conhecimento da obra desse génio arquitectónico Antoni Gaudí e mais recentemente desde que vi a “Residência espanhola” do realizador Cédric Klapisch.
Foi uma visita “relâmpago” apenas de um dia, visto que se tratava de uma viagem de finalistas e infelizmente nem todos mostravam o mesmo interesse que eu em descobrir aquela maravilhosa cidade.
Apesar do cansaço de 7 dias...noites de plena agitação em Lloret de Mar, a vontade de conhecer Barcelona não se desvaneceu e lá nos aventuramos pela cidade a partir da Plaza de Espanã.
A primeira impressão foi sem duvida positiva: uma cidade arejada, repleta de contrastes naturalmente combinados com a arte e com a harmoniosa organização visível inclusive na forma como se dispõem as amplas avenidas. É fabulosa a maneira como esta cidade combina as diferentes marcas artísticas, exemplo disso é o facto dos prédios mais antigos convirem lado a lado com os mais belos exemplos de arquitectura modernista.
Inevitavelmente , são as obras de Gaudí e Miró que mais caracterizam Barcelona.
São fabulosas e originalíssimas as casas de Gaudí mas é a Sagrada Família que faz as delicias dos que por ali passam.
“Gaudi iniciou a construção desta imensa catedral em 1886, com apenas 31 anos; morreu em 1926, aos 74 anos, atropelado por um eléctrico; os últimos 16 anos da sua vida, passou-os “fechado” na Sagrada Família, onde aliás, está sepultado. Segundo o seu projecto, a igreja teria três fachadas, mas ele só conseguiu concluir uma delas; as obras
continuam, mas muito lentamente. A fachada de Gaudi, para além de nos fazer lembrar uma construção de areia, está cheia de simbolismos vários, desde as tartarugas que sustentam as colunas, até aos diversos animais representados na fachada, juntamente com as figuras religiosas (o presépio, por exemplo, para além das figuras de Cristo, Maria e José, tem a cabeça de uma vaca e de um burro, que emergem, surpreendentemente, da fachada).”
PS: Aos que por aqui passam...
desculpem a minha falta de tempo, mas tem-me sido impossível actualizar o blog. Neste momento a minha preocupação máxima são mesmo as ferias que são tão curtas e estão quase no fim...
Amor é um livro
Sexo é esporte
Sexo é escolha
Amor é sorte
Amor é pensamento, teorema
Amor é novela
Sexo é cinema
Sexo é imaginação, fantasia
Amor é prosa
Sexo é poesia
O amor nos torna patéticos
Sexo é uma selva de epiléticos
Amor é cristão
Sexo é pagão
Amor é latifúndio
Sexo é invasão
Amor é divino
Sexo é animal
Amor é bossa nova
Sexo é carnaval
Amor é para sempre
Sexo também
Sexo é do bom...
Amor é do bem...
Amor sem sexo,
É amizade
Sexo sem amor,
É vontade
Amor é um
Sexo é dois
Sexo antes,
Amor depois
Sexo vem dos outros,
E vai embora
Amor vem de nós,
E demora
Amor é cristão
Sexo é pagão
Amor é latifúndio
Sexo é invasão
Amor é divino
Sexo é animal
Amor é bossa nova
Sexo é carnaval
Amor é isso,
Sexo é aquilo
E coisa e tal...
E tal e coisa...
Amor e sexo_ Rita Lee
Pouco a pouco perco a entrepidez, sucumbo à falta de força e vontade de olhar.
Entrego-me ao desígnio...
Sozinha, encurralada entre quatro sufocantes paredes que me tiram os sentidos e arrancam o animo, aqui choro afastada do mundo para não molhar a terra com minhas lagrimas amarguradamente salgadas. São como o mar, avançam pela a praia trazendo a espuma dos dias em partes indefinidas do passado que persiste e desaparece apenas quando a maré vaza, acabando por regressar sempre que a lua se move no infinito arrastando com ela todo o universo.
Entrego-me à loucura...
Faço dos meus gestos meros movimentos inexpressivos, desesperadamente elaborados com a animosidade característica da solidão.
Grito em silencio para ninguém ouvir meus prantos ensandecidos, falo, digo tudo o que nunca diria se aqui não se estivesse fechada engolindo meus soluços ácidos. ..
Já não guardo rancor, nem ódio, nem raiva, apenas o vazio da indiferença e saudade, muita saudade de aguas passadas...essas a maré não traz mais, essas lá ficam desvanecidas na infusão do sal.
Entrego-me ao Medo...
Encolho-me amedrontada, abraço-me cravando os dedos enraivecidos em mim tentando extrair da pele a dor mas ela é forte, as vezes muito mais que eu...Tatuou-se a frio no meu corpo dilacerado que tranquiliza á noite com o som viciante da escuridão...
Entrego-me à incúria...
Olho para o chão despido como se nele fosse encontrar alguma coisa para alem da desarrumação de sonhos que se vão acumulando, acabando alguns por desvanecer no pó depositado pelo o tempo.
“Tão bom pudesse o tempo parar e encharcar-me de azul e de longe” mas ele foge. É uma criança turbulenta que corre a pés descalços sem nunca se cansar e só pára quando lhe viram o olhar...
Sentei-me na orla da tarde espreitando a noite cair fria, distante sobre o manto de luz difusa que se dissipava no céu azul celeste.
No quarto, queimava o incenso lentamente cobrindo a atmosfera de um estranho odor, e na cama, enquanto velas derretiam a cera escarlate dos eremíticos dias de saudade, repousava cansado um corpo moreno embrulhado no solitário lençol encerrado em suor.
Observei de longe sua pele despida, como é bela a nudez...nada é mais forte do que a imagem de um corpo nu, desprotegido, frágil e simultaneamente repleto de uma força imensa .
Enquanto o olhava, sustinha na mão uma chávena de café que arrefecia esperando a amargura desvanecer ; na outra oscilava insegura uma caneta roída, sem tinta e gasta de tanta força , de tanta fúria das palavras que em mim fluem quando a paixão se dilui no desejo calando as bocas amordaçadas pela vontade contida.
As palavras são belas, grandiosas, magníficas é verdade mas, por vezes nenhum verso soa mais alto que o poema da alma em comunhão com a essência do Mundo. O silencio reina imponente sempre que os olhares dos amantes se cruzam no fulgor da paixão...
E aquele olhar, jamais o esquecerei, doce, tão doce como a ternura do seu toque.
E agora, que na cama só já repousa o triste lençol, não é a ausência do vulto bronze que torna vazio este espaço mas sim a sua omnipresença constante...
(We take you now to the Oval Office.)
George: Condi! Nice to see you. What's happening?
Condi: Sir, I have the report here about the new leader of China.
George: Great. Lay it on me.
Condi: Hu is the new leader of China.
George: That's what I want to know.
Condi: That's what I'm telling you.
George: That's what I'm asking you. Who is the new leader of China?
Condi: Yes.
George: I mean the fellow's name.
Condi: Hu.
George: The guy in China.
Condi: Hu.
George: The new leader of China.
Condi: Hu.
George: The Chinaman!
Condi: Hu is leading China.
George: Now whaddya' asking me for?
Condi: I'm telling you Hu is leading China.
George: Well, I'm asking you. Who is leading China?
Condi: That's the man's name.
George: That's who's name?
Condi: Yes.
George: Will you or will you not tell me the name of the new leader
of China?
Condi: Yes, sir.
George: Yassir? Yassir Arafat is in China? I thought he was in the
Middle East.
Condi: That's correct.
George: Then who is in China?
Condi: Yes, sir.
George: Yassir is in China?
Condi: No, sir.
George: Then who is?
Condi: Yes, sir.
George: Yassir?
Condi: No, sir.
George: Look, Condi. I need to know the name of the new leader of
China. Get me the Secretary General of the U.N. on the phone.
Condi: Kofi?
George: No, thanks.
Condi: You want Kofi?
George: No.
Condi: You don't want Kofi.
George: No. But now that you mention it, I could use a glass of
milk. And then get me the U.N.
Condi: Yes, sir.
George: Not Yassir! The guy at the U.N.
Condi: Kofi?
George: Milk! Will you please make the call?
Condi: And call who?
George: Who is the guy at the U.N?
Condi: Hu is the guy in China.
George: Will you stay out of China?!
Condi: Yes, sir.
George: And stay out of the Middle East! Just get me the guy at
the U.N.
Condi: Kofi.
George: All right! With cream and two sugars. Now get on the phone,
(Condi picks up the phone.)
Condi: Rice, here.
George: Rice? Good idea. And a couple of egg rolls, too. Maybe we
should send some to the guy in China. And the Middle East. Can you
get Chinese food in the Middle East?
Inebrio-me pela noite.
Imerjo do imenso manifesto negro de luzes que, apagadas na baça claridade do dia ,se entranham à noite nos corpos dispostos à loucura...e faço-me musica .Deixo-me soar rio acima, enquanto a cidade anoitece numa aparente áurea mediana .
Secreta amante da noite, é ela , a cidade quem sempre esconde os fantasmas noctívagos da promíscua neblina e os engole a tragos largos pela madrugada, restando apenas nas avenidas o silencio estridente da liberdade. Liberdade sim...só a noite permite tal descompromiso. Na escuridão as mascaras caiem, os estranhos vultos dançam como quem se desobriga espantosamente da rotina à medida que o som aumenta nas cabeças ensurdecendo-os da realidade. É isso que procuram, a amnésia momentânea , o esquecimento consciente da vida diurna que logo retorna, quando letargicamente o mundo amanhece e a cidade acorda...
Despida, esquecida no plano infinito do entardecer ,procuro a serenidade na luminosidade diáfana aconchegando-me ao crepúsculo e observando o declínio lento, ondulante do sol extinguir-se no reflexo dourado da parede do meu quarto...Caídas no chão, fotografias, palavras e fragmentos de memórias despropositadamente amortecidas pelo o tempo...
Desvio o olhar da confusão, perturba-me apesar de nela me refugiar quando o coração fraqueja...
Ah! que saudade do verão, das tardes calorentas e dos dias passados com amigos dos quais os sorrisos nunca se esquece...que saudades de ti...
Um beijo enorme para o Tiago que faz hoje anos =), Parabéns !! que este “carrossel “ te encha de coisas boas e que sigas sempre de “peito firme” ;) desafiando o mundo com esse brilho cativante no olhar*
"Viajar? Para viajar basta existir. Vou de dia para dia, como de estação para estação, no comboio do meu corpo, ou do meu destino, debruçado sobre as ruas e as praças, sobre os gestos e os rostos, sempre eguaes e sempre differentes, como, afinal, as paisagens são."
Bernardo Soares, Livro do desassossego
Adormecida, como que embriagada pela doce nostalgia do inverno , aqui me deito observando a sonolência da tarde levar-me nos reflexos dourados para outros céus, que não este que se dissipa sobre mim. Submissa à melodia inebriante da saudade e, com olhar perdido permito-me, afundo-me na imensidão de sonhos disfarçados, ansiedades e desejos platonicamente escondidos, tantas vezes retraídos e acumulados na veemência da inquietação da alma e do corpo...Ah! que inoportuna é a persistência desmedida dos desejos indesejáveis...
Pego na guitarra, tentando esquecer-me do mundo e do tempo que não passa, pesa-me nas mãos Cansadas de carregar tantos livros, tantos dias...Esboço um som inicialmente estranho e continuo arranhando as preocupações como uma musica inacabada e sem sentido. Apetecia-me ouvir-te tocar amigo....
Amigo
"Oiço a tua guitarra tocar, dedicação, paixão.
Pela música, pela nossa amizade.
Sem dar-mos por isso, evoluímos.
A música é cúmplice, as letras partilhadas.
Como costumamos cantar:
"Vivemos com arte criamos a nossa parte"
É um projecto, com um nome hilariante
como nós? Sim, como nós!
Seremos o que queremos
"Persistência é uma virtude
Que junto à música me faz sorrir"
São mais que ilusões, digo-te
E deste carrocel em que juntos estamos,
juntos sairemos,
com um sorriso maior do qu entramos
"Sem medo de qualquer papão
Vamos de peito firme"
Obrigado por existires, Tiago Caseiro."
Escrito por : O Disperso
Faço minhas as tuas palavras Disperso...
Estava a ler o ultimo post da yuks intitulado “desodorizante para livros”.
Pois bem, eu sou uma dessas pessoas que não dispensam o cheiro dos livros tradicionais, o folhear ruidoso das paginas tingidas e ás vezes tão frágeis, desgastadas pelo o tempo...
Nada tenho contra e-books, a escolha literária é feita mediante as vontades de cada um e como tal, qualquer hipótese é valida quando o desejo é um só : Ler. Mas confesso que tenho uma paixão já antiga pelos livros, não há nada como poder riscar , sublinhar as páginas e quase rasga-las pela emoção que em alguns livros se sente á flor da pele. Melhor ainda é pedir livros emprestados sem nunca os devolver, e emprestar novamente a alguém ficando em cada livro para alem da sua, as histórias de todos os que a desfrutaram e nela deixaram as suas marcas... Este é o delicioso “poder” dos livros, e dele nunca abdicarei.
Há uns dias pensava eu como é estranho uma coisa tão linear como tempo ser definida pelo o movimento cíclico de um relógio, admirável contradição esta.
O relógio é sem duvida um objecto indispensável e muito útil em qualquer situação, mas seremos nós escravos do relógio?
Sim somos, é impossível não o ser já que o tempo é a matéria prima da qual são feitas as nossas vidas, tornámo-nos escravos de uma ideia de tempo criada por nós...
Por outro lado, viver equilibradamente nesta sociedade moderna (e cada vez mais exigente), significa estar em sincronismo com diversos sistemas que tendem a controlar os nossos ritmos diários, sistemas esses baseados fundamentalmente no tempo ,daí a nossa total submissão ao tempo e ao relógio. (Imaginem agora que os relógios paravam sem arranjo possível, é quase inimaginável ...) . É inegável a importância e a necessidade desta submissão abstracta e simultaneamente concreta...Portanto , esta relação, Homem - relógio, relógio - tempo, é uma forma de simbiose uma vez que a invenção do tempo se deve ao homem e um não existe sem o outro embora hoje , seja a invenção quem controla o próprio inventor (virou-se o feitiço contra o feiticeiro).
No entanto, apesar do incontestável carácter linear do tempo tudo se torna relativo quando se remete para a esfera das emoções, das memórias e dos sentimentos. Nas nossas vidas os minutos, as horas, os momentos existem despercebidamente cobertos na nossa ânsia, sucedem-se irepetidamente, sempre com uma duração enganosamente diferente. O tempo parece não correr da mesma maneira quando o prazer e o desejo se conjugam, quando as vontades se misturam nos sentimentos alterando, desafiando o tempo com o descaramento típico dos sentimentos que se escoam nos corpos de quem os sente. E mesmo nestas alturas, somos atraiçoados pelo tempo, pois é quando fazemos coisas das quais retiramos algum prazer e quando estamos com pessoas que nos arrancam sorrisos que o tempo foge , passando por nós velozmente e nós passando por ele sem o agarrar. E o que era presente, passa a recordação, o que era instante torna-se eterno, pois nada há mais imortal que a fragilidade cristalina das memórias. A memória é livre, nela o tempo torna-se intemporal sucumbindo a selvagem vontade da consciência que manipula tudo o quanto nela existe a seu belo prazer...
E já sem tempo para mais palavras ,aqui me deixo neste pedaço de tempo que agora termina.
"Só pra dizer que te Amo,
Nem sempre encontro o melhor termo,
Nem sempre escolho o melhor modo.
Devia ser como no cinema,
A língua inglesa fica sempre bem
E nunca atraiçoa ninguém.
O teu mundo está tão perto do meu
E o que digo está tão longe,
Como o mar está do céu.
Só pra dizer que te Amo
Não sei porquê este embaraço
Que mais parece que só te estimo.
E até nos momentos em que digo que não quero
E o que sinto por ti são coisas confusas
E até parece que estou a mentir,
As palavras custam a sair,
Não digo o que estou a sentir,
Digo o contrário do que estou a sentir.
O teu mundo está tão perto do meu
E o que digo está tão longe,
Como o mar está do céu.
E é tão difícil dizer amor,
É bem melhor dizê-lo a cantar.
Por isso esta noite, fiz esta canção,
Para resolver o meu problema de expressão,
Pra ficar mais perto, bem mais de perto.
Ficar mais perto, bem mais de perto. "
Carlos Tê
Espanta-me o modo como algumas pessoas se refugiam no egocentrismo e se idolatram constantemente. Esta é mais uma forma de defesa criada pela necessidade irracional de nos sentirmos superiores relativamente a todos os outros. No fundo a exagerada importância dada a própria pessoa só revela fragilidade e uma excessiva ou pelo contrario inexistente oferta de...( É incrível como um mesmo comportamento pode ser originado por duas variantes de um mesmo “estimulo”)
Mas porquê a necessidade de superioridade? Porque é tão insuficiente a ideia de igualdade? A verdade é que actualmente é a sociedade que praticamente nos “obriga” à sobreposição caso contrario somos segregados. Já dizia Darwin “Apenas os mais aptos sobrevivem” ou seja ,a ideia de superioridade está implícita inclusive na força bruta da natureza ,e dado que a sobrevivência é a fonte que rege os nossos instintos talvez seja por isso que surgem os egocentrismos, afinal primeiramente somos animais...
O grande problema prende-se com o facto do egocentrismo exacerbado estar na origem dos etnocentrismos e das crenças na superioridade do povo a que se pertence, acompanhada de sentimento de menosprezo por padrões culturais que se afastam da posição cultural do observador. Assim nasce o racismo e todas as suas vertentes completamente desnecessárias num Mundo longe de ser perfeito...
A atitude racista parece-me uma realidade na vida dos indivíduos e dos grupos e essa foi umas das razões pela qual os Alemães nazis, em nome de um preconceito de superioridade , exterminaram milhões de judeus. A propósito, recentemente vi um filme do realizador polaco Roman Polanski, O pianista que retracta exactamente e com pormenores minuciosamente descritos a historia de um pianista que sobreviveu ao holocausto e assistiu à deportação de toda a sua família para os campos de concentração nazis. É um bom filme de guerra, um drama que choca pelo realismo com que são mostradas as cenas mais perturbadoras que a maioria dos realizadores americanos tenta evitar...
More than words....
Na sala quase sem luz,
O som do piano na televisão,
O corpo ressacado, amordaçado pela paixão
A pele Morena, salgada, cansada, amena e arrepiada
No sofá estreito, onde sem medo se senta a entrega e o desejo
lado a lado, consumindo-se, dominando-se, saciando-se
selvagens companheiros, doces, ternos,
eternos instantes os poucos que partilham, intensos
inesquecíveis os caminhos percorridos pelas mãos
despidas nas costas largas como praias esquecidas
e mares ondulantes os que te traço....
Hoje fui à Boca do inferno num tipico passeio familiar de domingo. A boca do Inferno , para os que não sabem, situa-se na costa da bela vila de Cascais, é uma reentrância da costa cercada de rochedos escarpados e de cavernas, em que o mar ao embater em dias de temporal proporciona um espectáculo admirável.
É um dos sítios que aconselho vivamente, pela beleza única e principalmente pela energia que se sente neste local ao observar a imensidão do mar contrastar com os nossos sentidos, tão pequenos perto de tamanha obra de arte...Hoje, quando sentada olhava o sol pôr-se uma vez mais no horizonte longínquo, deixei cada parte do meu corpo sentir devagar a “alma do mundo” tomar-me nos braços feitos de brisa, de luz enquanto o mar em caricias apaixonantes consumia a terra, comungando num misto de amor e violência mortíferos...
Reparei numa pedra, onde mal se liam algumas palavras :
" Não sei viver sem ti.
A outra "boca do inferno" apanhar-me-á,
não será tão quente como a tua"
Reli algumas vezes, na tentativa de melhor compreender o que significavam aquelas palavras já tão gastas, tão esquecidas....e como não podia deixar de ser descobri que na boca do inferno, como em todos os lugares eternos, há uma lenda que explica estes versos aparentemente inacabados...
Lenda da BOCA DO INFERNO
"Há muito tempo atrás, na zona que é hoje conhecida como boca do Inferno, existia um enorme castelo onde habitava um homem de aspecto feroz, que se dedicava à feitiçaria.
Um dia esse homem decidiu casar-se e, para escolher a mulher mais bela das redondezas, consultou a sua lâmina de cristal de rocha para saber qual a casa onde deveria ir buscá-la.
Quando os seus cavaleiros voltaram ficou estupefacto. A jovem era ainda mais bela do que imaginara. Ficou, imediatamente, tão ciumento que decidiu escondê-la para preservar o seu amor.
Fechou a sua mulher numa torre alta e solitária e escolheu para guardião o seu cavaleiro mais fiel. A jovem no alto da torre sentia-se tão só quanto o seu guardião. Tinham por única companhia o mar e as suas marés.
Um dia, a curiosidade do cavaleiro falou mais alto. Quem seria aquela mulher encerrada na torre há tanto tempo? Como seria? Pegou na chave e decidiu subir. Junto à porta o cavaleiro parou para recuperar o fôlego e tomar coragem. Quando a abriu ficou espantado com a beleza da prisioneira.
A partir daquele dia partilharam os momentos de solidão, nascendo, assim, um grande amor entre os dois. Decidiram fugir juntos, esquecendo-se que, através da sua magia, o feiticeiro sabia de tudo. Montaram no cavalo branco do cavaleiro e cavalgaram pelos rochedos junto ao mar.
Enquanto isso, no castelo, cheio de raiva e ciúme, o feiticeiro criou uma tempestade assustadora que fez com que os rochedos, por onde os dois amantes caminhavam, se abrissem como se fossem uma grande boca infernal. Cavalo e cavaleiros foram engolidos pelas águas, tendo desaparecido para sempre. O buraco nunca mais se fechou e o povo começou a chamar-lhe Boca do Inferno."