Detesto o alarido da passagem de ano e as expectativas elevadas que a sociedade nos suscita por ter de ser, obrigatoriamente, uma noite de grande alegria…e quando não nos apeteçe ir para a folia ou sentimos a passagem de ano como mais uma noite, cai-nos quase sempre alguém em cima, a impor que nos divirtamos. Tenho vindo a perder paciência para a enchente de gente, de miúdos que se querem enfrascar a todo o custo, de bares apinhados onde nunca se consegue alcançar o bar porque estão sempre labregos a empatar o caminho [e se pedimos licença para passar resmungam e fazem cara (ainda mais) feia] e a meterem-se com toda a gente, enfim…! E a quem não apetece estar em bares apinhados, a alternativa é a casa com amigos (que o pessoal se “corta” sempre à ultima da hora) ou a rua, onde é impossível porque chove ou está um frio glaciar... será que alguem gosta disto?
"Nestas impressões sem nexo, nem desejo de nexo, narro indiferentemente a minha autobiografia sem factos, a minha história sem vida. São as minhas Confissões, e, se nelas nada digo, é que nada tenho que dizer."
Detesto o alarido da passagem de ano e as expectativas elevadas que a sociedade nos suscita por ter de ser, obrigatoriamente, uma noite de grande alegria…e quando não nos apeteçe ir para a folia ou sentimos a passagem de ano como mais uma noite, cai-nos quase sempre alguém em cima, a impor que nos divirtamos. Tenho vindo a perder paciência para a enchente de gente, de miúdos que se querem enfrascar a todo o custo, de bares apinhados onde nunca se consegue alcançar o bar porque estão sempre labregos a empatar o caminho [e se pedimos licença para passar resmungam e fazem cara (ainda mais) feia] e a meterem-se com toda a gente, enfim…! E a quem não apetece estar em bares apinhados, a alternativa é a casa com amigos (que o pessoal se “corta” sempre à ultima da hora) ou a rua, onde é impossível porque chove ou está um frio glaciar... será que alguem gosta disto?
Miguel Sousa Tavares
Era a tarde mais longa de todas as tardes que me acontecia
Eu esperava por ti, tu não vinhas, tardavas e eu entardecia
Era tarde, tão tarde, que a boca tardando-lhe o beijo morria.
Quando à boca da noite surgiste na tarde qual rosa tardia
Quando nós nos olhámos, tardámos no beijo que a boca pedia
e na tarde ficámos, unidos, ardendo na luz que morria
Em nós dois nessa tarde em que tanto tardaste o sol amanhecia
Era tarde de mais para haver outra noite, para haver outro dia.
Ary dos Santos
Não é desleixo, nem desamor, é uma imensidão de trabalho e decisões importantes , que me ocupam o tempo.
Quando menos esperava eis que a minha pessoa, que sempre desejou levar a vida com calma, “uma coisa de cada vez”, recebe uma proposta (quase) irrecusável de trabalho, para se juntar à equipe de uma clínica já existente com várias especialidades e com desejo de abrir um gabinete de Fisioterapia. Como podem imaginar, aliar a Faculdade a este projecto não é pêra doce e há coisas que, obrigatoriamente, ficam para segundo plano e, com muita pena minha o blog é uma delas. Não quero com isto dizer que o vou abandonar, não! Estou apenas a justificar a minha “ausência” e a escassez de notícias que vos tenho dado. Não sei quem por aqui passa, nem se passa realmente, mas achei por bem este comunicado e é com muito carinho que o faço.
A Festa do Cinema Francês é um festival de longas metragens de origem francesa inéditas em Portugal. Este ano, na nona edição, a Festa decorre em 5 cidades do país (Lisboa, Porto, Coimbra, Faro e Almada).Serão projectadas 45 longas-metragens e uma grande diversidade de géneros, 36 das quais nunca foram estreados em Portuga
O amor quer-se puro, livre de joguinhos e estratagemas mas parece que não sabemos viver sem eles por mais que digamos odiá-los...
Mas tu és demasiado real para te perderes e me fazeres perder com superficialidades. Tens o cheiro das coisas idóneas, reais…cheiras a terra molhada depois da chuva…foste, és a minha enxurrada. E agora, de alma lavada te escrevo sobre o que já sabemos os dois, mas que ainda que supérfluas, as palavras têm o poder de eternizar desta forma bonita…
“Não há palavras mais verdadeiras do que aquelas que dizemos em silêncio…”
Não sou grande fã de musicais. Talvez por isso, quando assisto a musicais e me surpreendo positivamente, como foi o caso deste "Across the Universe" , de alguns filmes do Tim Burton e do clássico "Música no coração", acabo por vir a gostar imenso deles por conseguirem despertar em mim a vontade de assistir a mais e o pensamento de que "afinal, os musicais não são assim tão maus".
Sexta-feira, o pequeno e romântico restaurante “Arco do Castelo”, junto à entrada do castelo de S. Jorge, foi o local escolhido. Apesar de não ser grande fã da gastronomia indiana pode-se dizer que gostei, mas os verdadeiros apreciadores que se encontravam entre nós gostaram e recomendam.
Sábado, foi a vez do “Bonsai”, o restaurante japonês do Fontana Park Hotel, este muito mais ao meu estilo. Adorei o sushi. O sashimi, dizem os corajosos que se aventuraram a comer todo aquele peixinho cru, que “estava bom”. Só duas sugestões que poderão aproveitar um dia destes caso queiram saborear iguarias e espaços diferentes.
De vez em quando, como em quase todos os assuntos neste país do faz-de-conta, quando nos media é revelada alguma situação flagrante, resultante do deixa andar, debate-se muito, conversa-se muito para depois cair tudo novamente no esquecimento público até nova fornada. Digamos que somos um país de modinhas. Há bem pouco tempo, o assunto era a nova lei do tabaco e agora, a violência nas escolas.
A minha mãe, educadora de infância há 30 e muitos anos, costuma dizer: “Educar é preparar para a vida. E a vida tem coisas boas e más”. O que se passa, a meu ver, é que os educadores de hoje, pais, professores etc têm medo de contrariar, dá-se tudo, fazem-se as vontades todas aos meninos. Se o menino não quer comer a sopa não come, porque realmente dá muito trabalho ficar ali a contar histórias e a insistir. Ou seja, os meninos não são contrariados e temos jovens que não sabem gerir as coisas boas da vida, muito menos as más.
Penso que o segredo estará em impor respeito na vez de medo. E a diferença entre um e outro é muito ténue e acredito que muito difícil de alcançar. Difícil mas não impossível porque, se bem me recordo das minhas aulas do básico e secundário, sempre houve conversas murmuradas (algumas bem alto já), sempre houve papelinhos a passar discretamente de carteira em carteira (obviamente que quando as aulas passaram de 60min para 90min a coisa piorou porque nem um adulto consegue estar tanto tempo a prestar atenção, quanto mais nós, no fulgor da adolescência) mas nunca se viram faltas de respeito tão graves como estas que se ouvem falar actualmente. A questão é, o que é que mudou? Penso que foi esse o assunto debatido ontem, no prós e contras. Não sei a que conclusões chegaram mas, quanto a mim, que pouco ou nada sei destas questões da educação, aquilo que acontece nas escolas é o reflexo do que se passa fora delas. Ou seja, temos crianças cujas distracções são a televisão, os jogos de computador e a internet e até aqui nada contra. O problema é serem as únicas distracções. Por outro lado e a juntar a isto, o facto de não terem pais, como a minha mãe, que assim que me via demasiado tempo ao computador dizia “Andreia, não tens mais nada para fazer? Vai ler um livro, vai tocar piano”. Algumas vezes ia, outras nem por isso. Mas, ainda que poucas, são essas vezes que talvez façam a diferença não só nesta questão da violência como noutras questões sociais, culturais, etc. Actividades como a leitura, tocar um instrumento, o desporto, os escuteiros (já sei que esta vai provocar risinhos) ou qualquer outra actividade desde género directa ou indirectamente promove a disciplina, a concentração e acima de tudo a abstracção desses hábitos de última geração. Já para não falar que teríamos miúdos com outros interesses e mais auto-didactas em áreas mais distintas e não este rebanho de morangos com açúcar.
Não quero com isto apontar o dedo aos pais (pelo menos não aos que realmente tentam educar os seus filhos e têm a consciência que o futuro deles depende) mas, ainda que hajam factores impossiveis de modificar,primeiramente, a grande batata quente está nas suas mãos.
sem motivo, me diz que não sabe o que é o amor.
eu sei exactamente o que é o amor.
O amor é saber que vamos perdoar tudo a essa parte
de nós que não é nossa. o amor é sermos fracos.
o amor é ter medo e querer morrer.
- O fenómeno, frequentemente observado em transportes públicos, de pessoas que forram meticulosamente as capas dos livros. Será que estão a ler alguma coisa da Margarida Rebelo Pinto?;
- A necessidade quase fisiológica das betinhas e tias e etc´s em dar diminutivos (geralmente acabados em “oca” ) a tudo o mexe e que não mexe;
- Rapazes (minimamente) interessantes apaixonarem-se por raparigas (ou vice-versa) que pensam que o Tim Burton é um cantor de reggaeton
- O Johnny Depp não ter ganho o Óscar para melhor actor ;
“O Lado selvagem acompanha então a história real de Chris e o seu objectivo de encontrar nos confins mais recônditos do Alasca toda a liberdade que o ser humano parece ter perdido nesta nossa grande rotina diária de sobrevivência e não de vivência.”
Qualquer filme baseado em histórias reais tem o poder de inquietar, nem que seja um bocadinho, as nossas emoções e há sempre um momento em que pensamos “epah, isto aconteceu mesmo!” (ainda que com os devidos floreados holywoodescos). O Into the wild não é excepção e apesar da crítica afirmar que lhe falta emoção, a certa altura do filme, dei comigo a sentir-me quase irmã do Chris e a torcer para que o inevitável fim não se concretizasse. Ao som de Eddie Vedder, fica a questão sobre o que verdadeiramente é a felicidade e os meios de a alcançar.
Vejam este filme
Dennis: But then I started doing science and realized the Earth was spinning around the sun at 67,000 miles per hour and I thought "What the heck do I need to be a martian for?"
O inverno, o pior dos invernos é dos corações estilhaçados nos temporais fora do tempo. É o inverno das chuvas ácidas sobre o chão da alma, já de si encharcado em lençóis de água de outras tempestades. Visto-me de cores berrantes. Ergo a armadura de cachecóis, luvas, galochas e represento. Finjo que gosto dele, finjo que é chuva esta água que me encharca a cara e que é frio esta sensação que me imobiliza o peito. Finjo tanto até me convencer que a chuva lava mais do que inunda o coração.
Não se comparam ao gira-discos ali do lobístico mas foram dados com muito carinho. E melhor do que qualquer um destes objectos (um tanto ou quanto supérfluos) , os meus preferidos, foram mesmo os momentos passados à lareira e os lanches inesperados com a mesa cheia de primos, tios e tias a celebrar a familia.